Terreiro de candomblé é atacado e vítimas suspeitam de intolerância

Babalorixá afirma que ataques começaram depois que o terreiro se mudou para o novo endereço no bairro Jardim Borborema. 

“Foram pelo menos 20 minutos de gritos de insultos a nossa religião e garrafas sendo jogadas para dentro do da casa”. O relato é do babalorixá Antônio Caldas, que estava dentro de um terreiro de candomblé, no bairro do Jardim Borborema, em Campina Grande, quando o local foi atacado por vândalos. De acordo com a vítima, esta é a segunda vez que isso acontece e ele acredita que está sofrendo intolerância religiosa. 

O ataque aconteceu nesta segunda-feira (13). As vítimas não souberam informar quantas perssoas participaram da ação, mas suspeitam quem estão sofrente uma perseguição religiosa. "Essa não é a primeira vez que isso acontece. A gente acorda durante a noite e vê que eles acenderam fogo e jogaram garrafas aqui", conta.
 
Apesar do grande susto provocado pelas garrafas de vidro arremessadas, ninguém ficou ferido. Ainda nesta segunda-feira (13),  Antônio Caldas foi prestar mais um boletim de ocorrência na Polícia Civil. Segundo ele, os ataques começaram depois que o terreiro mudou para o novo endereço. 
 
Intolerância religiosa é crime
 
Segundo a lei nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007, a intolerância religiosa é um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana. Ela se configura em um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a crenças e práticas religiosas ou a quem não segue uma religião. A pena prevista é a prisão por um a três anos e multa. O crime é inafiançável.