Homem é poupado de assalto ao ser reconhecido por bandidos

Vítima estava saindo de um banco quando se livrou do assalto. Ele e os bandidos haviam treinando Kung Fu juntos na  adolescência.

O servidor público e ex-candidato a deputado estadual na Paraíba, José Martins de Paiva, conhecido popularmente como ‘Martins da Cachoeira’ conseguiu escapar de um assalto após ser reconhecido pelos dois bandidos que pretendiam assaltá-lo. Ele havia sacado o dinheiro na agência do Bradesco, na avenida Canal, em Campina Grande e seria mais uma vítima do golpe ‘saidinha de banco’. Martins e os bandidos haviam treinando Kung Fu juntos quando eram adolescentes na década de 80. De acordo com o Sindicato dos Bancários da Paraíba, este ano já foram registrados 13 golpes do tipo saidinha de banco, em agências do estado. 

O caso com o ex-candidato aconteceu na última semana, mas só veio ao conhecimento depois que a vítima fez uma postagem em uma rede social narrando o fato, nesta terça-feira (8). Martins da Cachoeira conta que entrou na agência no final da tarde e fez um saque no caixa referente ao seu salário mensal. Ao se dirigir à saída agência ele percebeu que havia um homem interceptando a porta, e com a mão na cintura. “Eu olhei para os lados e vi que não tinha por onde escapar. Então fui ao encontro dele”, disse a vítima. 
 
Ao passar pelo suspeito, Martins conta que o homem lhe desejou boa noite e saiu da frente porta concedendo a passagem. Neste momento um outro comparsa, que estava aguardando em uma moto teria gritado: ‘Assalta o cara logo meu irmão e vamos embora’. No momento, o bandido que iria abordá-lo disse ao comparsa que conhecia a vítima e que os dois haviam treinando Kung Fu juntos. “Ele disse que eu estava gordo, mas reconheceu pelo rosto e pediu desculpas”, contou o servidor. Ainda de acordo com a vítima, o outro comparsa também o reconheceu e ainda disse: “Eu num acredito que isso é Martins da Cachoeira não? Eu votei em você na eleição de 2006”. 
 
Depois do susto, José Martins saiu na moto dele e foi para a casa. Ele disse que não acionou a Polícia Militar, nem prestou queixa na Polícia Civil, mas destacou a falta de segurança para os clientes de bancos nestas situações. “Eu percebi que iria ser assaltado, mas não havia nenhum segurança na agência. Eu não tinha alternativa. Eu fiquei tão nervoso que fui logo para casa e depois foi que pensei em ligar para a polícia, mas não sei detalhes sobre os suspeitos nem anotei a placa da moto em que eles estavam”, disse o servidor público.