Perícia não confirma se Suênia era o alvo ou foi atingida por bala perdida

Caso  toma novos rumos e surge hipótese de assassinato ocorrido durante assalto ao local onde a moça estava no dia do crime.

O laudo do incidente que terminou com a morte de Suênia de Souza, 23 anos, ocorrido em 7 de janeiro, foi divulgado na manhã desta quinta-feira (28). Sem informações conclusivas, a perícia revela que existe a possibilidade de assassinato, o que pode derrubar a hipótese de bala perdida acatada pela polícia nas primeiras investigações, porém ainda não está confirmado o assassinato. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Luiz Cotrim, a bala atravessou o corpo da vitima em trajetória que supõe uma aproximação do autor do disparo com a jovem.

De acordo com o documento, "ao calcular o impacto da bala na parede do call center, a perícia concluiu que o atirador estava a cerca de 62,30 metros de distância do estabelecimento. Na área foram efetuados cinco disparos, um a 62,30 metros e outro a 38,60 metros. A partir dai surgiu a suspeita de assassinato, porque o deslocamento no intervalo de um disparo para o outro dá a entender que houve perseguição para acertar o alvo. Porém o local onde a vitima estava, corresponde com o espaço escolhido para efetuar os tiros, por isso a perícia não confirma se Suênia de Souza era mesmo o alvo ou foi atingida por bala perdida".

As informações fornecidas pela Polícia Militar (PM) no dia do crime tomaram como base o que foi contado por testemunhas que estavam no local. As pessoas disseram que dois homens em uma moto anunciaram o assalto para um grupo de pessoas que estavam na rua, no momento em que a jovem saia do trabalho e na hora dos disparos ela foi acertada. Conforme a PM, as pessoas que estavam no local afirmaram que o bandido não escolheu em quem atirar e, não conseguiram identificar os assaltantes porque eles estavam usando capacete.

Suênia Souza tinha acabado de ser promovida dentro do call center, ela era mãe de uma menina de seis anos e, segundo a PM, não tinha envolvimento com o crime, nem possíveis inimigos.

O delegado Luiz Cotrim, deixou claro que a coletiva teve o objetivo de mostrar que o caso está sendo investigado, mas que ainda não foi concluído. Apenas a dinâmica do crime foi desvendada, falta identificar os suspeitos e, para isso o delegado pediu ajuda da população para possíveis denuncias.

Relembre o crime

Uma jovem, 23 anos, identificada como Suênia de Souza morreu após ser atingida por uma bala perdida na noite de 7 de janeiro, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. Segundo a Polícia Militar, a vitima estava saindo do call center no qual trabalhava, por volta das 21h, quando foi ferida. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao ferimento e acabou morrendo no Hospital de Emergência e Trauma.

De acordo com a polícia a fatalidade aconteceu após bandidos tentarem assaltar um grupo de amigos nas proximidades do call center. Os criminosos efetuaram alguns disparos e um deles acabou atingido a jovem. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou socorro no local e em seguida encaminhou a jovem para o hospital.

Segundo o boletim do Hospital de Trauma, Suênia passou por procedimentos médicos de emergência, mas não resistiu ao ferimento.  A PM informou que até a manhã desta sexta-feira (8) nenhum  suspeito tinha sido preso.