Autênticos e não autênticos

Forró autêntico versus forró de plástico. As festas juninas sempre trazem o tema de volta.

A lembrança de Dominguinhos é inevitável. Umas duas décadas atrás, na época em que o sucesso era Mastruz com Leite, o grande sanfoneiro e herdeiro do baião de Gonzaga disse que esses grupos que faziam o que depois foi chamado de forró de plástico davam mercado a ele e a outros artistas vinculados à tradição do gênero.

A fala de Dominguinhos apontava para a tolerância e a compreensão de que as coisas mudam. A permanência das manifestações culturais será determinada pelo tempo.

Prefiro o baião de Gonzaga, mas sempre aposto na convivência entre “autênticos” e “não autênticos” nas nossas noites juninas. Como o mestre Dominguinhos parecia apostar.