LP “Revolver”, dos Beatles, foi lançado há 50 anos

Nesta sexta-feira (05), faz meio século que os Beatles lançaram o LP “Revolver”.

A ingenuidade dos tempos da Beatlemania ficava definitivamente para trás. O que havia sido esboçado no disco anterior (“Rubber Soul”) se tornava realidade. O quarteto estava na vanguarda do pop/rock internacional com um repertório brilhante, rico, ousado, criativo. Ninguém era tão bom quanto os Beatles. Nem Dylan, nem os Stones, nem o Who.

A edição oficial do “Revolver”, a do Reino Unido, contém 14 faixas, três a mais do que a que foi lançada nos Estados Unidos. A capa é assinada por Klaus Voorman, artista plástico que os Beatles conheceram na Alemanha antes da fama.

Revolver capa

O repertório traz alguns clássicos do grupo. De “Eleanor Rigby” a “For No One”, de “Taxman” a “Here, There and Everywhere”, de “Yellow Submarine” a “Tomorrow Never Knows”.

O rock, as grandes baladas, o experimentalismo, a música indiana, as cordas vindas da música erudita – há um pouco de tudo isso no “Revolver”.

As cordas acompanham Paul McCartney num dos momentos mais sublimes da Era Beatles: “Eleanor Rigby”. Uma guitarra saturada e estranhos ruídos acompanham John Lennon num experimento de um único acorde: “Tomorrow Never Knows”. Os instrumentos da música indiana chegam aos ouvidos ocidentais através de George Harrison em “Love You To”. A voz que se ouve em “Yellow Submarine”, que parece uma canção infantil, é de Ringo Starr.

O disco flagra a extraordinária evolução dos quatro Beatles, mas nada seria possível sem a musicalidade do maestro e produtor George Martin.

O ano era 1966. Os Beatles abandonavam as turnês e, com o “Revolver”, preparavam o terreno para o momento mais importante da carreira deles, o LP “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”. Apenas dez meses separavam um do outro.