Banguê anuncia sessões, mas não funciona. Serviço público é assim?

O Cine Banguê foi inaugurado no início dos anos 1980.

Fui à primeira sessão.

Inocência, belo filme de Walter Lima Júnior.

A sala tinha uma programação diferenciada, mas nunca funcionou direito. E parecia mal projetada para sessões de cinema.

Na reforma do Espaço Cultural feita pelo governo Ricardo Coutinho, foi transformada na Sala de Concertos Maestro José Siqueira. Ficou um brinco!

O Banguê foi reconstruído em outro lugar, perto do planetário e do teatro de arena.

Soube que atende às exigências das modernas salas de cinema, dessas que temos nos shoppings.

Banguê anuncia sessões, mas não funciona. Serviço público é assim?

Vou raramente ao cinema. Vejo filmes em casa.

Mas, neste domingo (03), resolvi ir ao Banguê. Era a minha primeira vez no novo Banguê.

Estava curioso para ver O Processo, documentário sobre a deposição da presidente Dilma. Deu vontade de ver no cinema. Tela grande, etc.

A sessão estava marcada para três da tarde. Seria a penúltima exibição de O Processo, que está em cartaz desde o dia 17 de maio.

Cheguei uma hora antes. A sala é pequena, dizem que costuma ter fila, os ingressos esgotam. Não quis correr riscos.

Entrei no Espaço Cultural na hora em que o secretário Lau Siqueira saía. Ainda nos cumprimentamos no estacionamento.

Muito bem. Quando me dirigi ao cinema, o acesso estava fechado, e um segurança me informou:

O Banguê está fechado. Teve um problema na sessão de ontem e hoje não funciona.

Não vou comentar.

Não é necessário.

Digo apenas, finalizando, que essas coisas (um cinema moderno, bem equipado, mas que tem um problema no sábado e não consegue funcionar no domingo) reforçam, tristemente, aquela velha imagem de que serviço público é assim mesmo.

Às cinco da tarde, falei com a assessora de imprensa da Funesc, mas a informação que me foi dada pelo segurança ainda não havia chegado a ela.