Em entrevista à TV Paraíba, Gercilena Sucupira Meira assegurou que nunca teve conhecimento das cobranças
“Eu tomei conhecimento de que ela estava cobrando dos assistidos da Defensoria Pública ao bel-prazer dela. O que ela achava que devia cobrar. E para ter o ‘Know-how’ de receber do cliente ela usava meu nome. Dizia que era eu que mandava, que pedia que ela cobrasse”. As declarações são da defensora pública da Paraíba e coordenadora da Defensoria Pública em Campina Grande, Gercilena Sucupira Meira, ao falar nesta terça-feira (23) sobre a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra ela e a ex-secretária do órgão Maria Goreth Guimarães Sobreira.
De acordo com a defensora, “no momento que eu soube do comportamento, cortei meu vínculo com ela. Ela chegou a usar meu carimbo, falsificou rubricas”, afirmou Gercilena em entrevista à TV Paraíba. A denúncia apresentada pelo MP, por corrupção passiva, foi recebida pelo Tribunal de Justiça do Estado.
Segundo a denúncia, duas mulheres teriam relatado que pagaram pelos serviços do órgão. Uma delas, em 2014, disse ter pago R$ 1,8 mil à ex-secretária e à defensora para a confecção de uma ação de usucapião. Já em 2016 uma outra mulher afirmou ter pago R$ 700 para Maria Goreth providenciar uma escritura de cessão de direitos.
“Perante a autoridade policial competente, as testemunhas indicaram as denunciadas como autoras do crime. As vítimas, ao serem ouvidas, narraram, com riqueza de detalhes, o modus operandi das acusadas e ainda juntaram aos autos os recibos dos pagamentos realizados”, relata a denúncia do MP.
Outro lado
O blog procurou Maria Goreth para falar sobre o assunto, mas ainda não conseguiu localizá-la. Em nota a Defensoria Pública do Estado informou que Maria Goreth não faz mais parte do quadro de servidores da instituição.
“Até o presente momento, a Defensoria Pública do Estado da Paraíba não foi informada oficialmente sobre a denúncia contra as partes citadas. De antemão, a Defensoria Pública da Paraíba rechaça a acusação de um possível “esquema de cobrança” na Instituição e atesta que não existe qualquer acusação de irregularidade nas funções desempenhadas pela defensora pública Gercilena Sucupira Meira na Corregedoria Geral da Instituição, órgão responsável pela fiscalização da atividade funcional e da conduta dos membros e dos servidores da Defensoria Pública”, discorre a nota oficial.
Quem procura atendimento na defensoria pode se preparar para sofrer. Nunca tem defensor nos locais que são pagos para estarem, ou estão de férias ou nunca aparecem, sempre tem uma desculpa. Até achar quem te atenda vc demora e roda muito buscando um na cidade. Existem aqueles que nem no estado moram. Merece uma investigação maior.