MP denuncia ex-prefeito de Itabaiana e ex-primeira-dama por desvio para compra de ceias festivas

Itens como bacalhau, peru à califórnia, salgados e doces teriam sido pagos com recursos da prefeitura, de acordo com MP

MP denuncia ex-prefeito de Itabaiana e ex-primeira-dama por desvio para compra de ceias festivas
Foto: Reprodução TV Paraíba

O Ministério Público denunciou o ex-prefeito da cidade de Itabaiana, Antônio Carlos Rodrigues de Melo Júnior, e a esposa dele, Fabiana Vasconcelos Rodrigues de Melo, por suposto desvio de verbas públicas investigado a partir de desdobramentos da ‘Operação Pote de Ouro’, da Polícia Civil. Os dois, segundo a denúncia, teriam comprado R$ 4,7 mil em ceias festivas durante o período de natal e réveillon com dinheiro da prefeitura do município.
As compras teriam ocorrido em 2016, quando na época a esposa do ex-gestor era secretária de Assistência Social de Itabaiana. Os recursos que teriam sido usados para pagar as compras seriam do Fundo de Assistência Social do município. As duas cestas, compradas nos dias 24 e 30 de dezembro de 2016, eram compostas de itens como bacalhau, peru à califórnia, salgados, doces e tortas.
MP denuncia ex-prefeito de Itabaiana e ex-primeira-dama por desvio para compra de ceias festivas
A denúncia é assinada pela promotora Miriam Pereira Vasconcelos. Nela, a representante do MP relata que “apurou-se que se tratava, inicialmente, de um orçamento de prestação de serviço firmado entre o ex-prefeito e a empresa para realização de um evento particular, intitulado “almoço 1ª Eucaristia” agendado para 22 de janeiro de 2017, nas dependências da doceria, cotando um serviço para 50 pessoas. O dito contrato, no entanto, não chegou a ser executado, pois, neste ínterim, o increpado cancelou o evento agendado para 22 de janeiro de 2017, e utilizou o crédito para pagamento da ceia festiva”.
O advogado do ex-prefeito Antônio Carlos Rodrigues de Melo Júnior, Iarley Maia, disse que ainda não foi notificado da denúncia apresentada pelo MP. O Blog omitiu o nome da doceria em que as compras teriam sido realizadas, já que nem o estabelecimento comercial, nem os seus funcionários, são alvo da denúncia do Ministério Público.