Homem descobre que era 'fantasma' de Câmara de Vereadores da Paraíba ao pedir benefício assistencial

Ele disse ao Ministério Público que não tinha conhecimento do vínculo com Legislativo Municipal

Homem descobre que era 'fantasma' de Câmara de Vereadores da Paraíba ao pedir benefício assistencial
Foto: Ascom

Imagine precisar de um benefício assistencial do Governo e tê-lo indeferido por ser, sem ter conhecimento, servidor público. É, no mínimo, revoltante. Esse foi o relato de um homem, que procurou o Ministério Público para dizer que descobriu ser servidor comissionado da Câmara Municipal da cidade de Alagoa Grande, no Brejo do Estado. No Sagres, do Tribunal de Contas do Estado, o nome dele (omitido pelo blog por supostamente ser vítima da situação) aparece como sendo assessor de comunicação da ‘Casa’.
Pelo serviço, que deveria ter sido prestado, a Câmara pagou um salário mínimo mensal, durante o ano de 2019 – conforme os dados do TCE-PB.
Homem descobre que era 'fantasma' de Câmara de Vereadores da Paraíba ao pedir benefício assistencial
Foto: reprodução

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Ao tomar conhecimento do caso o promotor João Benjamim Delgado Neto determinou a instauração de um inquérito civil público para investigar a situação. O blog tentou contato por telefone com o presidente da Câmara Municipal de Alagoa Grande, mas até agora não conseguiu localizá-lo para falar sobre o assunto.
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Outros casos
Os casos de contratação de ‘fantasmas’ em órgãos públicos da Paraíba não são raros, infelizmente. No fim do mês passado o prefeito da cidade de Curral Velho, no Sertão do Estado, Joaquim Alves Barbosa, e outras três pessoas foram denunciados pelo Ministério Público por uma prática semelhante.
No caso de Curral Velho, porém, pessoas próximas ao gestor que moravam a quase 500 km da cidade receberiam do município – conforme o MP. Se fizer uma ‘varredura’ nos vínculos de outras câmaras municipais e prefeituras é, bem provável, que outros ‘fantasmas’ apareçam.