MP apura ausência em plantões e 'repasse' de valores pagos entre médicos de hospital da Paraíba

MP apura ausência em plantões e 'repasse' de valores pagos entre médicos de hospital da Paraíba
Foto: Ascom

Em tempos de pandemia, onde qualquer centavo público da saúde é importante para garantir a prestação de serviços no combate ao coronavírus, o Ministério Público quer saber quem recebeu o dinheiro de plantões médicos e, efetivamente, trabalhou no Hospital Estevam Marinho, em Coremas. A unidade não é referência, mas também recebe pacientes com covid-19 no Sertão do Estado.
Um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi instaurado para investigar o pagamento de plantões a uma médica que não teria comparecido ao trabalho. Ao ser questionada, ela disse ao MP que teria repassado os valores a outros profissionais.
Segundo o MP, nas folhas de ponto da médica há “de forma bastante inusitada, declaração manuscrita e assinada pela médica investigada informando sobre o não comparecimento aos plantões e sua substituição por outros médicos”.
A Secretaria de Saúde do Estado instaurou uma sindicância para apurar o caso.
Recentemente equipes do Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) estiveram no hospital e vistoriaram o espaço. Eles identificaram que “o hospital possui um fluxo bidirecional, separando os pacientes com síndrome gripal dos demais, dois médicos de plantão 24 horas, laboratório 24 horas, realiza radiografias, quantidade suficiente de medicamentos e EPIs, mas apenas um respirador no bloco cirúrgico”.
Talvez agora, após essa denúncia de ‘ausência’ e ‘repasse’ de plantões, fosse interessante uma nova inspeção da entidade. O que mais se quer saber é se, efetivamente, os serviços foram prestados e os pacientes foram atendidos.