Comércio ‘second hand’ ganha força

Cresce a procura por produtos usados ou seminovos.

Comércio 'second hand' ganha força
Foto: Prudence Earl/ Unsplash

O consumo consciente está na pauta e o comércio conhecido como ‘second hand’ (de segunda mão em português), em que o cliente consome produtos usados ou seminovos, ganha força no mundo todo devido à preocupação com a sustentabilidade.

E a tendência é de alta. O valor movimentado pelo segmento deve subir de US$ 24 bilhões em 2019 para US$ 51 bilhões em 2025 (112,5%) em todo o mundo, segundo dados da empresa de análise de varejo GlobalData.  A economia agradece e o meio ambiente também.

A OLX, empresa de comércio eletrônico que incentiva o desapego e o consumo consciente, encomendou um estudo chamado Second Hand Effect, que revelou que as transações feitas em 2019, por meio da plataforma, pouparam a emissão de 6 milhões de toneladas de CO² na atmosfera. Comparativamente, é como se o tráfego de veículos na cidade do Rio de Janeiro parasse completamente por 14 meses.

Negócio promissor

As gerações Y, que corresponde a pessoas nascidas entre 1980 e 1995, e Z, pessoas que nasceram entre 1996 e 2010, vêm alavancando este mercado, que oferece serviços cada vez mais profissionalizados. De acordo com o Sebrae, o Brasil já possui mais de 14 mil brechós.

E o negócio é promissor. Criado há cerca de nove anos, o blog Enjoei,  que surgiu da necessidade de Ana Luiza McLaren vender suas roupas usadas na internet, virou negócio e dos grandes. A plataforma de consumo colaborativo que faz a intermediação de vendas de produtos na internet cresceu tanto que agora protocolou o pedido de oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês)

Até o final do mês de junho deste ano, a empresa conectou 1,5 milhão de compradores com 1,9 milhão de vendedores sua plataforma, o que só reforça o poder do comércio de segunda mão no Brasil.