Quantidade de leitos é ampliada, mas ocupação segue em 90% na Grande João Pessoa

CRM também constatou escassez de medicamentos e EPIs em hospitais da Paraíba.

Duas crianças morreram em 2023 devido o vírus da gripe – Foto: Francisco França/Secom-PB
Quantidade de leitos é ampliada, mas ocupação segue em 90% na Grande João Pessoa
Foto: Francisco França/Secom-PB

A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de enfermarias continua em alta na Grande João Pessoa, mesmo após a expansão de locais para internação na região. Segundo o Censo Hospitalar do Conselho Regional de Medicina (CRM-PB), divulgado nesta quarta-feira (24), a Grande João Pessoa segue com ocupação de UTIs  em 90%.

O levantamento considera dados de 25 hospitais públicos e privados nas três macrorregiões de Saúde – em João Pessoa, Campina Grande e no Sertão. Na Região Metropolitana de João Pessoa, o CRM analisou 13 hospitais, onde haviam 375 leitos de UTI, e 332 deles ocupados. Ou seja, 43 leitos estavam disponíveis na rede pública e privada, nos seguintes hospitais:

  • Metropolitano;
  • Clementino Fraga;
  • Hospital Universitário Lauro Wanderley;
  • Prontovida;
  • Santa Isabel;
  • Frei Damião;
  • Complexo Hospitalar de Mangabeira;
  • Hospital de Trauma;
  • São Vicente de Paulo;
  • São Luís;
  • Hapvida;
  • Unimed;
  • Hospital Nossa Senhora das Neves.

Já em Campina Grande, o CRM considerou dados de sete hospitais: Hospital Universitário Alcides Carneiro, Hospital de Clínicas, Pedro I, Hospital de Trauma, João XXIII, Santa Clara e UPA Alto Branco. Dos 167 leitos instalados, 142 estavam ocupados e 25 disponíveis. O CRM aponta 85% de ocupação em Campina Grande.

No Sertão, a demanda por leitos de UTI continua alta, com 95% de ocupação nas cinco unidades analisadas pelo censo. Em toda a região, dos 62 leitos, 58 estavam ocupados, e apenas quatro leitos de UTI estavam disponíveis – três no Hospital Regional de Patos e um na UPA de Cajazeiras. O CRM considerou a ocupação dos hospitais regionais de Patos, Cajazeiras, Pombal e Piancó, além da UPA de Cajazeiras.

Roberto Magliano, presidente do CRM-PB, afirmou que algumas unidades de saúde analisadas já registram falta de medicamentos, assim como tem acontecido em diversas regiões do país.

“Infelizmente, em algumas unidades já começam a se tornar escassos os remédios para pacientes intubados. Por enquanto, os EPIs estão em quantidade suficientes para os próximos 15 dias”, disse o presidente do CRM-PB.

Até a terça-feira (23), segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES). a Paraíba tinha 81% de ocupação de leitos de UTI. Na Grande João Pessoa, o índice era de 90%; em Campina Grande, 74%; e no Sertão; 90%,