Paraibana é aprovada em seis universidades dos EUA para cursar astrofísica

Ananda é de João Pessoa e sempre conquistou bolsas de estudo. Ela foi aceita em Princeton, MIT e mais quatro instituições.

Paraibana é aprovada em seis universidades dos EUA para cursar astrofísica
Foto: Arquivo Pessoal/Ananda Figueiredo
A adolescente paraibana Ananda Figueiredo está com um dilema em mãos. Ela vai ter que escolher se vai fazer o curso dos sonhos no MIT, em Princeton ou em outas quatro grandes universidades dos Estados Unidos. Com apenas 17 anos, ela conquistou aprovação com bolsas de estudo em seis das mais renomadas instituições acadêmicas dos Estados Unidos, para cursar astrofísica.
A estudante é natural de João Pessoa e cursou o ensino médio nos Estados Unidos. Pelas excelentes notas, sempre conquistou bolsas de estudo, e há três anos foi aprovada em mais uma seleção. Passou a morar em Orlando, no estado da Flórida, nos Estados Unidos, onde estudou no Cypress Creek High School, uma escola pública, por meio do programa International Baccalaureate (IB).
Desde criança Ananda demonstrou ter aptidão com números e, do jardim de sua casa, na Paraíba, observando o céu, viu nascer a paixão pelas estrelas.
“Sempre fui apaixonada pelas estrelas, e quando eu era menor meus pais me deram um livro ilustrado de astronomia. Lembro que devorei esse livro e tenho partes decoradas até hoje. Tive um privilégio grande de poder me dedicar às minhas paixões”, comenta.
Além das boas notas, Ananda ganhou olimpíadas de química, física e matemática. Ela também sonhava em ser atriz, inclusive chegou a ser aprovada em escolas artísticas e morou em São Paulo e no Rio de Janeiro para se dedicar à carreira, mas decidiu se aprofundar nos estudos de astronomia, focando na aprovação em grandes instituições de ensino.
Paraibana é aprovada em seis universidades dos EUA para cursar astrofísica
Foto: Arquivo Pessoal/Ananda Figueiredo
Ao fim do ensino médio, a estudante obteve o primeiro e excelente resultado: foi selecionada para estudar no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), um dos mais renomados do mundo. Mas não parou por aí. Mais cinco instituições norte americanas se dispuseram a tê-la como aluna.
Princeton, MIT, Catholic University Of America (Honors Program), Amherst College, University of Flórida, Flórida Institute of Technology. São seis opções para escolher, e um sonho realizado.
“Foi um momento muito emocionante, fantástico. É como olhar pra sua vida inteira e pensar: nossa, eu realmente consegui esse objetivo que trabalhei tanto pra conquistar“, diz Ananda.
A mãe de Ananda, Maria Eduarda Figueiredo, conta que sempre fez de tudo para proporcionar as melhores possibilidades de estudo à filha. Apesar das dificuldades culturais e financeiras, com muito esforço a família conseguiu realizar o sonho.
“Era o sonho dela, e a gente que é mãe sonha o sonho dos filhos. Desde que ela começou a ir para a escola, sempre teve esse ‘sonho impossível’. Hoje ela está em um grupo resumidíssimo no mundo todo, e estamos muito felizes, sobretudo pela felicidade dela”, conta a mãe da estudante.
Paraibana é aprovada em seis universidades dos EUA para cursar astrofísica
Foto: Arquivo Pessoal/Ananda Figueiredo
Por conta da pandemia do novo coronavírus, Ananda está tendo aulas virtuais, e dedica diariamente 14 horas de estudo, sendo 7 horas para assistir às aulas e as demais para realizar as atividades. O pai da estudante, Aníbal Júnior, com quem ela mora nos Estados Unidos, também demonstra muito orgulho pelas conquistas da filha.
“Cada lágrima, cada gota de suor derramada nesse tempo, valeu a pena, porque o sonho [de Ananda] foi realizado. Então se você também tem um sonho assim, acredite”, diz o pai.
As propostas das universidades seguem em análise pela estudante, que confessa estar entre o MIT e Princeton. Agora, segundo Ananda, a meta é continuar conquistando o mundo, sempre pensando em obter novos resultados e contribuir para o futuro da ciência.
“Tenho muito mais coisas para viver. Pretendo continuar minha carreira fazendo PHD em astrofísica, quero ser professora, pesquisadora… É só o início”, conclui.
*Sob supervisão de Krys Carneiro