Paraíba tem cerca de 250 mil pessoas sem ocupação, diz pesquisa do IBGE

indicador, que aponta para 15,8% em taxa de desocupação, foi o 10º maior do país e ficou acima da média nacional.

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A Paraíba tem cerca de 250 mil pessoas sem ocupação, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo IBGE. O indicador, que aponta para 15,8% em taxa de desocupação, foi o 10º maior do país e ficou acima da média nacional, que foi de 14,7%.

No primeiro trimestre de 2020, a taxa de desocupação na Paraíba era de 13,8%, e chegou a 15,1% no mesmo ano. A quantidade de pessoas que estavam sem trabalhar, mas tomaram alguma providência para conseguir uma ocupação, teve um acréscimo de 9 mil entre o últimos trimestre de 2020 e o 1º de 2021.

O total de ocupados caiu 6,5% nos primeiros três meses de 2021, em comparação ao índice registrado no ano passado. Agora, o número passou de 1,42 milhões para 1,33 milhões, com redução de 93 mil pessoas trabalhando em todo o estado. Em comparação ao 4º trimestre de 2020, o recuo foi de 1,3% com menos 17 mil pessoas trabalhando.

No intervalo de tempo considerado, ainda de acordo com o IBGE, o rendimento real paraibano dos trabalhadores, recebidos pelo mês, por pessoas de 14 anos ou mais de idade que estavam ocupadas na semana de referência, foi de R$ 1.818. O valor é abaixo da média geral, de R$ 2.544.

Nos três primeiros meses de 2021 o nível de ocupação no estado foi de 40,9% – quarto menor do Brasil. O indicador foi igual à média do Nordeste, e inferior à média do Brasil, que por sua vez ficou em 48,4%.

Comparando com o nível constatado na Paraíba em 2020, houve queda de 3,5 pontos percentuais. Esse indicador se baseia no número de pessoas ocupadas em relação ao total daqueles que estão em idade de trabalhar, ou seja, possuem 14 anos ou mais.

Entre os desocupados, a taxa de informalidade paraibana no 1º trimestre foi de 51,3%, a 8ª maior do país, mas menor que o índice nordestino, que ficou em 53,3%.

Subutilização da força do trabalho

A subutilização da força de trabalho foi de 39,8% no 1º trimestre – acima da média do país (29,7%) e abaixo da média regional (42,7%). Esse indicador considera o percentual de pessoas desocupadas e subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial, em comparação à força de trabalho ampliada.

Antes, o percentual apontava para 757 mil pessoas nessas condições. Ou seja, o estado registrou um aumento de 76 mil pessoas (11,2%) frente ao que havia sido constatado no 1º trimestre de 2020, de 681 mil.