Projeto realiza ações de reflorestamento em áreas da Mata Atlântica, na PB

Área reflorestada interliga florestas em Sapé e Santa Rita. Nesta quinta-feira (27), é comemorado o Dia da Mata Atlântica.

Paisagem Pacatuba em Grajaú, área atendida pelo projeto de reflorestamento da Mata Atlântica. Foto: Divulgação/Cepan

Ações de reflorestamento estão sendo realizadas na Paraíba, entre Sapé e Santa Rita. O projeto é do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan) que, desde março de 2020, visa restaurar a conectividade estrutural no Corredor Pacatuba-Gargau.  Nesta quinta-feira (27), é comemorado o Dia da Mata Atlântica. 

Mata Atlântica
Mudas para reflorestamento de áreas da Mata Atlântica na Paraíba.
Foto: Divulgação/Cepan

A área que está sendo reflorestada compreende 250 hectares e interliga florestas em duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). São elas a Fazenda Pacatuba, no distrito de Santa Helena, em Sapé, e o Engenho Gargaú, que tem sede em Santa Rita. O projeto já conseguiu restaurar 31 hectares, com perspectiva de gerar 110 mil novas árvores. Para 2021, a meta é atingir 90 hectares recuperados até o fim do ano, podendo gerar até 300 mil árvores. 

“Estaremos restaurando habitats e aumentando a cobertura vegetal envolvendo pessoas locais na cadeia produtiva, empoderando-as da importância do que está sendo realizado”, afirma Joaquim Freitas, coordenador geral do Cepan.

As restaurações na Paraíba acontecem através de três técnicas: a condução da regeneração natural,  o plantio de mudas, que usa pequenas plantas cultivadas em viveiros, e a semeadura direta, feita com sementes captadas por semeadores em áreas estratégicas da natureza.

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Mata Atlântica

O bioma abrange cerca de 15% do território nacional, em 17 estados, mas já perdeu quase 90% da sua vegetação original. Hoje, restam apenas 12,4% da floresta. Por isso, projetos de reflorestamento são de grande importância.

Com o projeto do Cepan na Paraíba, espera-se que a biodiversidade tenha mais espaço para crescer, beneficiando espécies únicas como o guariba-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul) e o macaco-prego-galego (Sapajus flavius), este último ameaçado de extinção devido a ações antrópicas como desmatamento, queimadas e caça.