Monsenhor Catão morre em João Pessoa aos 90 anos

Religioso não resistiu a uma cirurgia realizada no coração.

Monsenhor Catão
Monsenhor Catão morre em João Pessoa aos 90 anos
Monsenhor Catão

Morreu na tarde desta segunda-feira (12) em João Pessoa o monsenhor Aloísio Catão. O religioso estava com 90 anos de idade e não resistiu a um procedimento cirúrgico do qual estava sendo submetido. Monsenhor Catão, como era mais conhecido, foi internado em 29 de junho com um desconforto respiratório, que depois foi identificado como sendo fruto de um problema cardíaco.

Ele já havia passado por uma primeira cirurgia e nessa tarde seria a segunda. Procedimentos que, em regra, são simples, mas que se tornaram graves e delicados por causa da idade avançada do religioso. Ele estava internado na UTI do Hospital Nossa Senhora das Neves.

O velório de Monsenhor Catão vai ser realizado a partir das 22h desta segunda-feira (12) na casa de evangelização que leva o seu nome e que está localizado no bairro de Cabo Branco. Na manhã desta terça-feira (13), vai haver uma missa de corpo presente, com limitação de vagas por causa da pandemia de Covid-19. O enterro está previsto para o início da tarde.

Durante muitas décadas já ele era o líder espiritual do Encontro de Jovens com Cristo (EJC) da capela de Nossa Senhora das Neves e era muito respeitado por fiéis da Igreja Católica na Paraíba.

“É um momento doloroso pelo natural apego humano à convivência com alguém tão bom, mas também é um momento de louvor a Deus”, declarou Paulo Eduardo Barreto, amigo de Monsenhor Catão e uma das pessoas à frente da casa de evangelização.

Monsenhor Catão nasceu em 4 de maio de 1931 em Campina Grande, e com dez anos se mudou para João Pessoa, onde se ordenou padre em 1956. Passou pelas paróquias de Bayeux, Serraria e Alagoa Grande antes de se mudar para Anápolis, no interior de Goiás. No estado, passou por vários outros municípios.

Ainda em Goiás, ingressou na Aeronáutica como capelão civil, em 1978, mas depois que o cargo de capelão foi normatizado pelas Forças Armadas ele entrou oficialmente na instituição, onde saiu para a reserva como tenente-coronel em 1997.

Depois de ir para a reserva, retornou a João Pessoa. Foi vigário na Igreja de Nossa Senhora de Lourdes e na Maternidade Cândida Vargas. É nessa época que inicia também os seus trabalhos como dirigente espiritual do EJC de Neves.

A Casa de Evangelização Monsenhor Aloísio Catão Torquato foi fundada por ele em 2007 e existe até hoje.

Dois anos atrás, ele começou a contar suas memórias para o amigo Stelo Queiroga, que ajudou a organizar a autobiografia do religioso, que já está pronta e em fase de editoração para ser publicada em breve.

Ao longo de sua vida, sempre ministrou missas. E já neste ano, mesmo com 90 anos, ainda chegou a ministrar algumas com a ajuda de amigos padres ou diáconos – devido à idade avançada.