Puérpera diz que não recebeu vacina contra Covid-19 após profissional alegar desperdício de doses

Caso aconteceu na maternidade do Isea, em Campina Grande, onde há um ponto fixo de vacinação para o público.

Morre bebê de mãe que pode ter sido vítima de negligência médica no Isea (Foto: Leonardo Silva)

A família de uma puérpera – mulher no período de até 45 dias após o parto – que não conseguiu receber o imunizante contra a Covid-19 após ir ao ponto fixo de vacinação na maternidade do Isea, em Campina Grande, denunciou a equipe de profissionais do local. Segundo os relatos feitos à TV Paraíba, eles não quiseram vacinar a mulher para não abrir um novo frasco com a vacina.

A mulher teria chegado ao local por volta das 11h30. O expediente de vacinação vai até as 12h, mas, mesmo assim, segundo a família, a profissional de saúde se recusou a aplicar a vacina, alegando que havia a possibilidade de estragar doses com a abertura de um novo frasco para uma única puérpera.

“Ela disse que não poderia abrir outro vidro porque só tinha minha sobrinha. Depois, outra mulher chegou e mesmo assim ela nos mandou voltar no dia seguinte, e ainda nos mandou acordar cedo”, disse a tia da puérpera.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande informou que, segundo a equipe, a mulher chegou no fim do horário de vacinação e, como não havia mais mulheres, abrir um novo frasco implicaria na perda das demais doses. A mulher foi orientada pela equipe a voltar no dia seguinte.