Justiça da PB mantém prisão de delegada investigada por extorsão

Escrivão, investigado na operação Cara de Pau, também segue em prisão domiciliar.

Delegada é presa suspeita de extorquir funcionário publico federal / Foto: MPPB

A Justiça manteve a prisão preventiva da delegada Maria Solidade de Sousa e do escrivão da Polícia Civil Alexandre Pereira Sousa investigados pelo crime de concussão, que é quando alguém faz uso de uma cargo público para obter vantagens indevidas. Eles foram presos preventivamente em abril deste ano na Operação Cara de Pau.  A decisão do juiz José Jackson Guimarães, da Vara Única de Alagoa Grande, foi divulgada nesta terça-feira (24).

A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (Ncap). Os órgãos são do Ministério Público da Paraíba. De acordo com informações do promotor Guilherme Lemos, que coordena o Ncap, um servidor público federal denunciou que estava sendo extorquido pelos dois investigados.

Apesar de manter as prisões, o juiz tornou sem efeito a decisão que recebeu a denúncia contra os dois,  uma vez que os acusados não teriam sido notificados para que pudessem apresentar  defesa por escrito.

Segundo a investigação, a delegada e o escrivão estariam exigindo dinheiro para beneficiá-lo em um procedimento policial que apurava uma ação cometida por ele. Por isso, ele pagou uma quantia à delegada e ao escrivão. Depois, com autorização judicial, o Ncap e o Gaeco monitoraram o segundo pagamento, prendendo os acusados em flagrante.

Além do crime de concussão, os dois também são acusado de exploração de prestígio no exercício de função pública. Tanto a delegada como o escrivão estão em prisão domiciliar.

O JORNAL DA PARAÍBA tentou contato com a defesa dos acusados, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.