MP denuncia 38 pessoas por fraudes em CNH

Entre os denunciados estão dois psicólogos, despachantes, funcionários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e pessoas que teriam comprado as documentações.

Cinco meses depois de deflagrada a operação ‘Medusa’, que culminou com a prisão de 15 pessoas acusadas de envolvimento em um suposto ‘esquema’ de retirada de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) de forma fraudulenta, o Ministério Público denunciou 38 pessoas suspeitas de participação nas fraudes. Entre os denunciados estão dois psicólogos, despachantes, funcionários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e pessoas que teriam comprado as documentações.

Os acusados foram denunciados pela prática de corrupção ativa, uso de documentos falsos, formação de quadrilha, falsidade ideológica e peculato, sendo que nem todos responderão pelos mesmos crimes. A denúncia foi apresentada pelos promotores Octávio Paulo Neto e Herbert Vitório de Carvalho, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), além de Luciano Almeida Maracajá, Romualdo Tadeu de Araújo Dias, João Benjamim Delgado Neto e Jamille Lemos Cavalcanti.

De acordo com as investigações, realizadas pelo Gaeco em parceria com a Corregedoria do Detran e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Paraíba teria se transformado em um polo exportador de CNHs fraudulentas para outros Estados do país. Os documento eram vendidos por valores entre R$ 700,00 e R$ 1,5 mil e pelo menos cinco autoescolas de Campina Grande foram identificadas como participantes do suposto ‘esquema’. “A organização criminosa utilizou documentação ideologicamente falsa consistentes em comprovantes de endereço, certificados dos cursos obrigatórios, inserindo referidos dados no sistema do Detran”, relatam os representantes do Ministério Público.