Polícia Civil mapeia cassinos na Grande João Pessoa

Polícia Civil Metropolitana investiga existência de suposta rede de exploração de jogos de azar na Região Metropolitana.

Depois da descoberta de uma casa milionária, que servia para o funcionamento de uma atividade ilegal e luxuosa na exploração dos jogos de azar na semana passada no bairro do Altiplano na capital, a Polícia Civil está investigando a existência de uma suposta ‘rede de exploração’ da atividade na Região Metropolitana de João Pessoa.

As equipes estão fazendo um mapeamento de áreas e bairros que podem estar abrigando outros estabelecimentos clandestinos. De acordo com o gerente da Polícia Civil Metropolitana, delegado Wagner Dorta, o ‘esquema’ movimentaria milhões de reais e pode ter a participação de grandes empresários, que seriam os proprietários dos estabelecimentos. “Nós estamos apurando no sentido de identificar quem são os donos desses locais, um trabalho lento e de inteligência”, pontuou Dorta.

Pelo menos dois outros cassinos já foram identificados pela polícia durante as investigações, e estariam fazendo parte da ‘rede de exploração’ dos jogos. “É um esquema grande e que funciona há muito tempo. Mas nós estamos combatendo. É algo mais complexo do que a apreensão que fizemos, que foi muito boa já. Mas vamos dar continuidade a esse trabalho de identificar novos locais e combater esse tipo de prática”, assinalou Wagner Dorta.

Na apreensão realizada na semana passada foram apreendidas 50 máquinas utilizadas na exploração ilegal da atividade, avaliadas em cerca de R$ 500 mil. O local, conforme as estimativas da polícia, movimentava aproximadamente R$ 3 milhões por mês. A ação foi batizada de operação ‘Minas de Prata’ e terminou na prisão de quatro pessoas acusadas de envolvimento com o esquema. A casa luxuosa foi monitorada durante 30 dias por agentes disfarçados, que constataram um grande fluxo de jogadores e adeptos da atividade.

Esse tipo de atividade é considerado contravenção penal pela lei 3.688. A legislação prevê uma pena de três meses a um ano de detenção, para quem “Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou sem ele”. No caso dos jogadores, eles são apenas obrigados a assinar Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs).