Três são detidos por sonegação na Bahia

Quadrilha teria sonegado ao menos R$ 13 milhões aos cofres públicos.

Três pessoas foram presas na manhã de ontem, em Salvador, sob suspeita de integrar uma quadrilha que teria sonegado ao menos R$ 13 milhões em impostos. Batizada de operação Teia de Aranha, a ação envolveu Ministério Público, Polícia Civil e Secretaria da Fazenda do Estado e cumpriu ainda 17 mandados de busca e apreensão.

Segundo o Ministério Público da Bahia, o objetivo é desarticular quadrilha “composta por mais de 30 sociedades constituídas para sonegar impostos e ocultar patrimônio, valendo-se de “sócios laranja” para se beneficiar do Simples Nacional”.

As investigações começaram há mais de cinco anos e envolvem Altamiro Lopes e Altamir Ribeiro, pai e filho, além de sócios da loja de roupas Pacto Federal. Um terceiro suspeito é o contador José Sílvio.

De acordo com a delegada Débora Freitas, da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública, um inquérito será concluído em até 15 dias. A prisão temporária dos suspeitos deve durar até cinco dias. “Conversei com todos [os presos] e nenhum quis dar declarações. Preferiram ficar calados”, disse Freitas.

O advogado dos três suspeitos presos, Daniel Brito, disse que as prisões são uma “falácia” e que não há motivos para prender seus clientes. Ele disse que algumas acusações são de 2002, portanto, são cobranças prescritas.