“Ele me perseguia no trabalho todos dos dias. Tinham outros motoristas, mas, quando era para fazer as entregas ele só colocava pra mim”. Essas foram as palavras do motorista Éder Henrique Macena Marques, 27 anos, que é acusado de matar o gerente de uma madeireira Roberto Santos Pereira, 32 anos, com golpes de faca e ter ateado fogo no corpo da vítima com gasolina, ainda viva, na cidade de Cajazeiras, Sertão da Paraíba. Após dois dias do crime, o acusado se apresentou à polícia e assumiu a autoria do homicídio, que chocou a sociedade paraibana, pelos requintes de crueldade. Como não houve flagrante, o homem prestou depoimento e já foi liberado.
De acordo com o escrivão da Polícia Civil, Danilo Lima, o motorista disse que os já tinham uma rixa com a vítima, alegando uma perseguição na empresa onde os dois trabalhavam. “O acusado disse que antes do homicídio, eles tomaram um litro de vodka juntos e acabaram discutindo, por conta dos problemas no trabalho e na confusão o motorista se armou com uma faca e desferiu os golpes”, disse ele.
Ainda em depoimento, o suspeito afirmou que acabou queimando o corpo da vítima por acidente. “Ele disse que aquela gasolina tinha sido comprada pela própria vítima para abastecer a moto, mas, essa versão não é contundente, pois, pelo que averiguamos ainda havia gasolina no tanque da moto de Roberto Santos, que seria suficiente para ele ir até um posto e abastecer normalmente. Vamos investigar ainda se o acusado premeditou a ação”, explicou o escrivão.
O crime
Roberto Santos Pereira, 32 anos, foi assassinado na noite do último sábado dentro da própria casa, na Rua São Sebastião, no Centro da cidade de Cajazeiras, no Sertão paraibano, localizada a 460 km de João Pessoa. No dia do crime, os vizinhos da vítima chegaram a escutar os gritos do gerente, que teve o corpo carbonizado vivo. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados, mas não conseguiram evitar a morte do homem, que chegou a dizer o nome do acusado enquanto era queimado, segundo versão da polícia.