Mais de 800 pessoas são vítimas de golpe e polícia identifica 37 tipos de fraude

Dados da polícia são referentes ao período entre janeiro e setembro. Cinco pessoas foram presas, entre elas um falso advogado.

Mais de 800 pessoas foram vítimas de algum tipo de fraude na região de João Pessoa. A informação foi divulgada pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) da capital, nesta sexta-feira (23), e são referentes ao período entre janeiro e setembro deste ano. Segundo a Polícia Civil, nesta mesma época foram identificados 37 tipos de fraudes. Os números compõem o banco de dados da Operação Contra Golpes , que foi responsável pela prisão de cinco suspeitos de estelionato nos últimos dois meses.

De acordo com o titular da especializada, delegado Lucas Sá, a operação tem como objetivo dar cumprimento à mandados de prisão em aberto, deferidos pela Justiça Criminal e relacionados a condutas criminosas de atribuição da DDF. “O trabalho realizado conjuntamente com o Poder Judiciário contribui ainda para a alimentação de um importante instrumento utilizado pela Polícia Civil: o banco de dados de crimes e criminosos. Atualmente já foram catalogados mais de 37 diferentes tipos de fraudes. Esse banco de dados é sempre alimentado e aperfeiçoado, à medida que outras informações também são encaminhadas pelo Poder Judiciário”, revelou.

Entre as cinco prisões realizadas pela delegacia na Operação Contra Golpes está a de um estelionatário investigado por se apresentar como advogado, emitir recibos e receber honorários para ingresso em ações judiciais, sem que tivesse o curso de Direito. “Ele obteve consideráveis quantias de dinheiro, em detrimento de dezenas de vítimas. Em relação aos presos na operação, o fato é que todos estavam foragidos há um tempo considerável, sem nenhuma preocupação em relação à efetividade das decisões judiciais, acreditando que nunca seriam presos, o que contribuía para a sensação de impunidade existente no que diz respeito a crimes dessa natureza”, explicou Lucas Sá.

A Delegacia de Defraudações e Falsificações funciona na Central de Polícia, o bairro do Geisel. “É importante registrar o Boletim de Ocorrência e também que as pessoas consultem a delegacia caso tenham informações sobre suspeitos de alguma conduta criminosa ou denúncia envolvendo suspeitos de crimes na área de atuação da DDF”, frisou o delegado.