Português suspeito de estelionato é preso em João Pessoa

De acordo com investigações, homem não teria residência fixa no Brasil e já era procurado pelas polícias de vários Estados. 

Na tarde desta quinta-feira (3), um português suspeito de esteleionato foi preso no bairro do Castelo Branco, em João Pessoa, depois de vender como original uma réplica de uma caneta alemã por mil reais.

De acordo com investigações, Orlando Romão Prudêncio, de 44 anos, não teria residência fixa no Brasil e estaria sendo procurado pela polícia de vários Estados por comercializar produtos falsos como originais.

Em João Pessoa, algumas vítimas procuraram a Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) para denunciar o golpe, mas, ainda conforme as investigações, como era ele quem entregava os produtos nas residências ou trabalhos das pessoas foi preciso fazer um levantamento minucioso para descobrir onde Orlando ia agir.

Os agentes de investigação começaram o levantamento e mapearam os últimos passos do português, que sempre que ia oferecer os produtos levava a mulher e o filho para sensibilizar as vítimas e dar aparência de legalidade. “Para justificar os preços mais baratos do que os praticados no mercado, Orlando falava que eram ponta de estoque das lojas. Atraídos pela vantagem às pessoas caiam no golpe”, disse o delegado da DDF, Lucas Sá.

Na hora da prisão, os policiais encontraram com o suspeito uma mochila contendo várias réplicas de camisas de marcas internacionais, um casaco de couro, uma pasta de couro de design italiano e um relógio suíço falso.

Orlando também tinha uma maquineta de cartões que, segundo ele, era usada para parcelar os valores das compras, já que alguns produtos tinham o valor muito alto. É o caso do relógio que ele comprava por 500 reais e vendia por 5 mil.

“Vamos apurar para saber se ele usava a maquineta para clonar os cartões dos clientes. Também vamos continuar investigando para saber se ele agia sozinho ou com outras pessoas, isso porque como já existem várias denúncias contra ele é possível que Orlando faça parte de um grupo criminoso de estelionatários”, concluiu Lucas Sá.

Durante o depoimento Orlando confirmou que vendia os produtos falsos como originais, mas não revelou como comprava e alegou que praticava o golpe para se manter com a família. Depois de ser ouvido, ele foi levado para o Instituto de Policia Cientifica da Paraíba (IPC) para fazer o exame de corpo de delito.

Orlando foi autuado por estelionato e vai aguardar na Central de Policia a Audiência de Custódia e, dependendo da decisão da Justiça, será encaminhado para o Presídio do Roger.