Transporte alternativos se organizam e têm linhas e horários regulares

Transporte alternativo de passageiros feito por carros não-regulamentados é proibido em João Pessoa desde 2007 pela lei.

Por Natália Xavier
Do Jornal da Paraíba

O transporte alternativo de passageiros feito por carros não-regulamentados é proibido em João Pessoa desde 2007 pela Lei Complementar nº 44/2007. Entretanto, em vários locais da cidade é possível encontrar “pontos clandestino, com linhas e até horários regulares. Os roteiros são as mais diversas e variam desde levar os passageiros de um bairro a outro da capital, até viagens interestaduais. Entre os destinos oferecidos estão Bayeux, Santa Rita, Guarabira, Sapé, Mamanguape, Caaporã, Alhandra, Campina Grande, Natal (RN), Goiana (PE) e Recife (PE).

Para o motorista Luiz Carlos de Oliveira, de 34 anos, que há quase sete anos trabalha transportando passageiros, o número de carros de passeio fazendo o transporte alternativo de passageiros se deve à necessidade. “Muitos taxistas do interior estão precisando fazer o transporte alternativo para João Pessoa por uma questão de necessidade. Ou começa a fazer viagens como alternativo ou morre de fome”, comentou o motorista.

Cobrando passagens muitas vezes abaixo do valor cobrado pelos ônibus ou prometando deixar os passageiros mais perto de casa, muitos clandestinos afirmam que já ganharam a preferência dos passageiros. “Nós conseguimos a preferência porque os ônibus não deixam as pessoas onde elas querem. Muitas vezes os passageiros vêm com pressa e nós deixamos eles no lugar que eles querem”, afirmou Luiz Carlos.

A aposentada Teresa Bernardo, de 61 anos, mora em Santa Rita e é uma das pessoas que sempre usa o transporte clandestino para vir para a capital e para voltar para a casa. “Geralmente vou a João Pessoa uma vez por mês e sempre viajo de alternativo. Prefiro o alternativo porque fico perto da minha casa e é mais rápido”, alegou.
A mesma justificativa é usada pela dona-de-casa Marisa da Silva, de 33 anos, que mora em Sobrado, próximo a Sapé. “Prefiro o transporte alternativo porque é mais rápido. Eles me deixam em casa. Viajo muito para João Pessoa e sempre uso o alternativo. Acho mais confortável”, disse.

Anunciando os destinos “no grito” e fazendo o embarque e desembarque de passageiros no meio da rua, para o comandante da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran), capitão Arilson da Silva Valério, o transporte clandestino de passageiros pode ser considerado um probelma social. “O transporte clandestino deixou de ser um problema de trânsito para ser um problema social porque envolve a segurança dos condutores e passageiros. A maioria dos veículos usados para o transporte clandestino são velhos e não têm segurança”, destacou.

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