Professores da rede estadual não aceitam proposta e greve continua

Durante assembléia realizada na última sexta-feira (5), os professores rejeitaram a proposta do Governo da Paraíba que propôs  reajuste de 5%.

Luzia Santos
Do Jornal da Paraíba

Os professores da rede estadual decidiram, nas 12 assembleias realizadas nas regionais de ensino, no interior do Estado, pela manutenção da greve por tempo indeterminado. O indicativo para continuidade do movimento será levado para a assembleia geral a ser realizada neste sábado (6), às 15h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Paraíba (Sintep/PB).

A reportagem do Jornal da Paraíba tentou entrar em contato com o secretário de Educação do Estado, Sales Gaudêncio, mas ele não atendeu aos inúmeros telefonemas realizados.

Em São Paulo os professores estaduais entram em greve na próxima segunda. Eles também reivindicam aumento salarial.

Os professores não aceitaram a proposta do governo que ofereceu reajuste de 5%, retroativo a janeiro, em virtude do percentual oferecido incidir sobre R$ 610,00. “O piso nacional do professor, que está em vigor desde janeiro deste ano, corresponde a R$ 712,00. A categoria reivindica que o percentual de 5% seja aplicado a este valor”, informou o presidente do Sintep, Antônio Arruda.

Segundo o comando de greve, a adesão de professores e servidores da educação tem sido acima de 80% em todo o Estado. “A greve não acabou e deverá continuar por tempo indeterminado”, disse Arruda.

A greve geral dos professores foi deflagrada na última segunda-feira (1) após a assembleia geral da categoria decidir por aclamação pela paralisação das atividades até que o governo garanta o pagamento do piso nacional da educação.

No primeiro dia de greve, em audiência que contou com a presença do governador do Estado, José Maranhão, com o secretário de educação do Estado e representantes dos professores, o governo ofereceu uma contraproposta de reajuste de 5% para os professores, contudo o percentual incidiria sobre o vencimento de R$ 610,00.

Na última quarta-feira (3), foram realizadas assembleias regionais no interior do Estado e os professores rejeitaram a oferta oficial.

Com a greve, cerca de 500 mil alunos ficaram sem aulas em todo o Estado. A paralisação deixou 1.200 escolas vazias, entre creches, escolas de ensino fundamental e médio.