Alberto SImplício e Luzia Santos
Do Jornal da Paraíba
Os médicos residentes dos Hospitais Universitários Lauro Wanderley (HULW), em João Pessoa, e Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande, decidiram em assembleia realizada nesta terça-feira (24) que vão continuar com suas atividades paralisadas até que uma nova contraproposta seja oferecida à categoria por parte dos ministérios da Educação e da Saúde.
Desde o dia 17, os residentes decidiram manter apenas 30% dos atendimentos de emergência e UTI e o principal reflexo da paralisação é a redução do número de cirurgias de alta e média complexidade. A greve atende a uma recomendação da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR).
De acordo com o representante dos 23 médicos residentes de Campina Grande, Germano Germino, uma comissão formada por estudantes de todo o Brasil deverá se reunir nesta quarta-feira (25) em Brasília para discutir e pressionar o governo federal para o envio de uma nova proposta que atenda aos interesses da classe. “A única proposta que nos foi feita até então foi o reajuste de 20%, mas continuamos defendendo os 39,7% que repõe as perdas dos últimos anos”, disse.
Em sinal de protesto, os médicos residentes do HUAC decidiram que vão promover um atendimento solidário nesta quinta-feira, pela manhã, no Parque da Criança, ocasião em que vão aproveitar para explicar os motivos da paralisação das atividades. “Nós decidimos também que na próxima semana, caso nada tenha sido resolvido, promover outras ações do mesmo tipo”, relatou o médico Germano.
Ele também confirmou a versão da administração-geral do HUAC de que a grande maioria dos atendimentos está sendo realizada normalmente, tendo em vista que os procedimentos são de responsabilidade dos médicos contratados da instituição, que atuam como tutores dos residentes.
