Karoline Zilah
Uma menina de 4 anos moradora de Campina Grande foi vítima de uma doença infecciosa rara, causada pela mesma bactéria responsável pela meningite. Maria Fernanda da Silva, de 4 anos, morreu na quinta-feira (18) no Hospital Regional da cidade, após ser diagnosticada com meningococcemia, uma infecção na corrente sanguínea desencadeada pelo meningococo.
A doença é considerada rara e mata rapidamente. O índice de óbitos entre as pessoas acometidas pela doença chega a 98% dos casos. O quadro de saúde da menina foi visto como “praticamente irreversível” pela médica Mabel de Almeida, pediatra intensivista que acompanhou o caso. Segundo ela, o quadro de saúde da criança era grave e evoluiu para a morte em cerca de 24 horas depois que ela deu entrada no Hospital Regional. Ela também chamou atenção para o fato da doença ser altamente contagiosa, sendo transmitida pelo contato com secreções do paciente.
A menina, que foi internada no Hospital Universitário Alcides Carneiro, da UFCG, e transferida para o Regional, apresentava sintomas da doença desde segunda-feira. Eram manchas roxas pelo corpo, dor de cabeça, vômito e sangramentos. As manchas se disseminaram rapidamente.
O quadro de piora foi tão rápido que Maria Fernanda ficou inconsciente no mesmo dia em que deu entrada no Regional, na última quarta-feira (17) às 14h. Ela permaneceu internada na UTI pediátrica até a quinta-feira (18), às 17h, quando foi registrada a morte. No atestado de óbito, ficou registrado que a menina sofreu falência múltipla dos órgãos.
Por se tratar de uma doença meningocócica contagiosa, o caso deve ser notificado pela Secretaria Municipal de Saúde à Secretaria Estadual. Contudo, não chega a ser registrado como meningite por não ter afetado as meninges, no cérebro. Maria Fernanda não apresentou rigidez na nunca e não apresentava febre, que são características fortes da meningite.
