Correios relocam funcionários para entregas urgentes

Apenas 15% do total de cartas, boletos e encomendas sem urgência estão chegando na capital. Funcionários dos Correios estão em greve desde a última quarta-feira (14).
 

A Empresa de Correios e Telégrafos na Paraíba (ECT-PB) relocou 100 funcionários do setor administrativo da empresa para trabalharem na entrega de correspondências e encomendas urgentes em João Pessoa, como entrega de medicamentos e os serviços do Sedex. A medida foi tomada para reduzir a quantidade de material retido nos Correios devido à greve dos funcionários.

Segundo o secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos da Paraíba, Tony Rodrigues, 350 mil objetos deixam de ser entregues por dia na Paraíba. Ele disse ainda que os Centros de Distribuição Domiciliar continuam fechados desde quarta-feira passada, quando a greve começou.

De acordo com o sindicalista, apenas 10% a 15% do total de cartas, boletos bancários e encomendas sem urgências estão chegando à capital. “As correspondências passam por Recife (PE) para poder chegar em João Pessoa. Com a greve, a maioria delas estão ficando naquela cidade e não chega à Paraíba", afirmou.

Ainda segundo Tony Rodrigues, mesmo que a empresa encaminhe funcionários de outros setores, os profissionais não estão preparados para atuar na profissão de carteiro. No total, o Estado possui 1.480 carteiros. Ele contou que a greve está firme nos municípios polos João Pessoa, Santa Rita e Bayeux.

A categoria reivindica revogação da medida provisória 532 que trata da privatização dos Correios, aumento de 6,87% de reposição salarial e R$ 50,00 de aumento a ser pago a partir de janeiro do próximo ano e contratação de 30 mil carteiros em todo o país.

O vendedor Luciano Alves comentou que todos os dias inúmeras pessoas procuram o Centro de Distribuição Domiciliar do bairro de Mangabeira, na capital, para receber correspondências, mas voltam sem conseguir levar a documentação.

Ele relatou que a população informa que procura o posto central no bairro do Cristo Redentor, mas é informado de que a documentação só está sendo entregue em Mangabeira. “No entanto, quando chegam no local o posto está fechado e voltam sem receber nada”, lamentou.