Lendas urbanas se atualizam e sobrevivem ao tempo

As lendas urbanas são passadas de geração em geração com as devidas atualizações de seu tempo. É o que diz o professor Oswaldo Trigueiro. A lenda da temida mulher de branco, por exemplo, percorre todo o mundo e os mais variados locais: teatros, museus, cemitérios, etc. “É um processo da dinâmica da cultura profissional oral. O homem sempre inventou histórias”, explica.

De acordo com o professor, as mesmas lendas contadas no passado são contadas atualmente, o que mostra sua força e sobrevivência à mudança dos tempos e dos costumes.

“Elas podem partir de um fato verdadeiro ou não, e começam a circular na sociedade de repente. É a atualização da história a partir de um sentimento popular”, afirma o professor Trigueiro.

“Entre as lendas universais estão a da mulher de branco, a loira do banheiro e a mulher que pegou carona com um caminhoneiro”, exemplifica.
Conforme Trigueiro, as lendas podem ter o sentido de divertir ou assustar, sempre baseada na oralidade.

O professor lembra que é comum o surgimento de lendas em prédios históricos, como nos exemplos da Fortaleza de Santa Catarina e do Teatro Santa Roza.
“A própria arquitetura é um ambiente propício para isso, pois por lá passaram várias gerações”, comenta.

A explicação mais comum das lendas para os fantasmas que assombram prédios públicos é de que os mortos se apegaram aos locais de trabalho, lazer, etc.
Os relatos são esses. Acreditar ou não, é uma decisão que cabe a cada um.