Situação precária em unidades básicas de saúde

Usuários reclamam de demora e até mesmo falta de atendimento em Unidades de Saúde da Família em Campina Grande.

Os moradores que procuraram atendimento odontológico ou consulta na UBSF de Bodocongó, na manhã de ontem, foram surpreendidos pela ausência de profissionais. A unidade conta com uma equipe médica e outra de odontologia, mas apenas a sala de vacinação estava aberta ao público. Na recepção a equipe de reportagem do JORNAL DA PARAÍBA foi informada de que a médica estava em visita domiciliar e a dentista se ausentou porque precisou ir ao médico.

Já na UBSF Adriana Bezerra, no bairro do Santa Rosa, muitas pessoas estavam à espera de atendimento e algumas aguardam o agendamento de exames há meses, no local um médico está em recesso. É o caso da dona de casa Priscila Olindina, 21 anos, que está grávida e espera há dois meses para realizar uma ultrassonografia.

“Acho que estou com sete meses de gestação, até agora não fiz nenhum ultrassom, já solicitei a marcação, mas até agora nada, será que meu filho vai nascer e eu não vou conseguir?”, indagou a jovem.

No bairro do Severino Cabral, a UBSF João Rique funciona com dois médicos, um deles está de férias e a demanda não consegue ser atendida de forma satisfatória. A dona de casa Adélia Macena, 38 anos, aguarda pela segunda consulta do seu filho, de dois meses, desde novembro. “Tinha sido agendada e foi adiada para hoje, estou aguardando há duas horas não sei se hoje vou conseguir que ele seja atendido pelo pediatra”, contou.

Adélia conta que já esteve cinco vezes na unidade para vacinar o bebê e até agora não conseguiu. “Todas as vezes eles falaram que não tinha como vacinar, não sei o motivo”, disse ela. A direção da unidade disse que a sala de vacinação está funcionando normalmente e que teria que checar qual o tipo de vacina para saber o motivo da não realização do atendimento.