Com o início do ano letivo na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) na última segunda-feira, foram retomados também os atendimentos nas clínicas vinculadas aos cursos de saúde da instituição, que prestam serviços através do Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar da greve dos servidores da instituição, os atendimentos estão sendo realizados normalmente. Na Clínica de Fisioterapia, que realizou no ano passado uma média de 7 mil procedimentos, muitas pessoas procuraram pelos serviços ontem.
A dona de casa Maria da Glória Pereira, 64 anos, mora no bairro de Bodocongó e pela primeira vez esteve no local para fazer uma avaliação. “Fiquei sabendo que o atendimento era de qualidade e, como o médico me orientou a fazer fisioterapia para tratar de problemas nos joelhos e nos ombros, resolvi procurar a UEPB”, contou.
A agricultora Ana Maria Soares Ramos, 49 anos, mora na zona rural de Cabaceiras, no Cariri, e desde o ano passado acompanha seu filho Paulo Henrique, de 10 anos, que está em tratamento contra distrofia muscular.
Ontem, ele se submeteu ao tratamento de fisioterapia respiratória, que foi realizado pelos estudantes Vislaine Karine e Maryron Medeiros, que estão no 9° período do curso. “Ele já nasceu com essa doença, mas só há um ano começou a realizar esse tratamento. Depois que comecei a frequentar a clínica, tenho visto muitos progressos na saúde do meu filho”, contou a agricultora.
A coordenadora da Clínica de Fisioterapia, Maria de Lourdes Fernandes, explicou que os atendimentos realizados são feitos através de encaminhamentos médicos e que os usuários também devem possuir cartão do Sistema Único de Saúde. Ela destacou que o local também realiza atendimentos especializados para os portadores do mal de Parkinson, de labirintite e para pacientes que sofreram AVC. “Nós também realizamos um trabalho de apoio aos cuidadores, orientando como tratar o paciente em casa”, disse.
O coordenador do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Estadual da Paraíba, professor Eduardo Barbosa, explicou que, em função da greve dos servidores da universidade, a capacidade de atendimento das clínicas ainda não está devidamente completa.
Eduardo Barbosa informou ainda que atualmente existe um projeto sendo discutido institucionalmente para que a integração entre todos os equipamentos de saúde sejam ampliados na UEPB.
