Diabetes atinge todas as idades e causa medo

Especialistas dão dicas de como evitar a doença e alertam que manter acompanhamento e disciplina é fundamental para o tratamento.

Karine (nome fictício) tem apenas 16 anos e há pouco mais de 4 anos convive com o diabetes. Apesar de tão jovem, a garota sabe dos riscos da doença e lembra que a fase mais crítica já foi superada. “A descoberta é o momento mais difícil. Eu e minha mãe choramos muito quando o médico falou”, contou.

Os primeiros sintomas da doença, segundo Karine, apareceram com perda de peso muito rapidamente, apesar da fome desenfreada, fraqueza permanente e sede constante. “De repente minha filha passou a reclamar que estava cansada. Queria passar o dia na cama e mesmo sem fazer atividade física começou a perder peso”, relatou a dona de casa Marlene (fictício). Ela conta que se desesperou ao ver a filha cada dia mais doente. “Demorou para ter o diagnóstico e quando descobrimos, tive medo dela morrer. Passei várias noites ao pé da cama, monitorando o estado de saúde dela para ver se ela não tinha queda de glicemia”, declarou.

A endocrinologista pediátrica Vanessa Vieira Lopes Borba explica que a diabetes é uma doença que ataca sorrateiramente. “O diabetes pode ser definido como uma doença crônica do pâncreas causada por disfunção na produção ou utilização de insulina”, detalha a médica.

A doença pode atingir de recém nascidos a idosos. “Existem dois tipos de diabetes, a tipo 1, que pode incidir em qualquer faixa etária na criança e adolesceste e até mesmo no adulto jovem. Ela tem maior incidência na fase escolar, entre 5 e 6 anos e na adolescência”, afirmou. Acrescentando que existe também a diabetes tipo 2, que acomete, em geral, pessoas com mais de 30 anos e tem associação com obesidade.

Os sintomas da diabetes em crianças são os mesmos da diabetes 2. São eles a poliúria (aumento do volume de urina), sede e fome intensas, perda de peso exagerada, fraqueza, tonturas e caimbras. Contudo, no caso da diabetes tipo 1, é preciso identificar precocemente porque o quadro pode se agravar rapidamente e a criança entrar em coma diabético.

Segundo a endocrinologista pediátrica Vanessa Vieira, o controle da glicemia deve ser feito pelo teste da glicemia na ponta de dedo, entre 4 a 8 vezes ao dia (depende de cada caso), e exames trimestrais”, esclarece.