A realização de transplantes de coração, que estava parada na Paraíba desde janeiro de 2010, será retomada em abril. Os procedimentos serão realizados no Hospital da Unimed, que está credenciado no Sistema Único de Saúde (SUS), e o serviço ambulatorial pré e pós-cirúrgico será instalado no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) – ambos em João Pessoa.
Foi o que ficou acordado em audiência pública realizada ontem, na Promotoria de Saúde da capital. Estiveram presentes representantes das secretarias de Saúde Municipal (SMS), Estadual (SES), dos hospitais envolvidos, além do promotor da Saúde, João Geraldo Barbosa.
Segundo a assessoria de imprensa da promotoria, o ambulatório de insuficiência cardíaca servirá como porta de entrada aos pacientes da Paraíba que sofrem de doenças cardiovasculares e que passaram ou irão passar por um transplante cardíaco. Ele será instalado no HU, através de parceria a ser firmada entre a unidade e a SES e SMS. O funcionamento será regularizado a partir do dia 15 de abril.
Conforme o promotor João Geraldo Barbosa, o Hospital da Unimed está credenciado no SUS até agosto para realizar os transplantes de coração e de fígado, mas a equipe médica estava com o registro vencido – por isso os procedimentos estavam inviabilizados.
“O representante da Unimed disse que tem interesse em continuar como hospital credenciado e se comprometeu a tomar as providências administrativas e legais necessárias para renovar o credenciamento”, disse João Geraldo.
Já a equipe médica responsável pelos transplantes cardíacos aceitou a proposta da SES quanto ao aumento de 20% sobre o valor pago pela tabela SUS para os procedimentos de captação e deslocamento e de 30% (também sobre a tabela SUS) do procedimento de transplante. A proposta foi apresentada na audiência pela gerente de regulação da SES, Mércia Santos Coutinho.
Conforme a Secretaria Estadual, em todo o Estado, apenas um paciente aguarda por transplante cardíaco. A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA procurou a assessoria de imprensa da secretaria, afim de saber porque o número de pacientes em espera é tão baixo e se os pacientes que precisavam do procedimento estavam sendo encaminhados para outros Estados. Mas, até o fechamento da edição, não foi obtida resposta.
