Escolas particulares paralisam atividades

Assembleias regionais deixarão 100 mil alunos e 600 unidades sem aula, nesta sexta-feira (30) exceto em Campina Grande.

Os 12 mil professores da rede particular de ensino da Paraíba vão paralisar amanhã as atividades para realização de assembleias regionais. O encontro acontece simultaneamente em João Pessoa, Patos, Sousa e Cajazeiras e deve deixar uma média de 100 mil alunos de 600 unidades de ensino da rede privada no Estado sem aula, com exceção de Campina Grande, segundo informações do Sindicato das Escolas Particulares da Paraíba (Sinep-PB).

A paralisação de amanhã deve fechar todas as unidades de ensino privado no Estado – com exceção de Campina Grande, que tem sindicato próprio – desde o berçário, creches, ensino fundamental, médio e superior. A categoria reivindica um reajuste de 15% e implementação de um adicional de produtividade aos salários dos professores.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Privado da Paraíba (Sinteenp-PB), Avenzoar Arruda, na campanha salarial 2012, que começou a partir da primeira assembleia, no último dia 3 de março, o Sinteenp busca corrigir as distorções que se acumulam ao longo dos anos. “Queremos um reajuste compatível com o que foi concedido pela presidente Dilma sobre o salário mínimo, que aumentou 14%”, afirmou.

O sindicato exige também que um adicional pela produtividade seja incorporado aos salários dos trabalhadores em educação, em decorrência do aumento no número de alunos matriculados na rede privada de ensino. “O número cresceu nos últimos anos.

Houve um inchaço na quantidade de alunos nas salas de aula, entretanto o salário pago é o mesmo. Queremos uma proporcionalidade em relação a isso”, afirma.

Além das assembleias, a partir de amanhã também será realizado o 20º Congresso do Sinteenp-PB, que neste ano será realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), de Cajazeiras, até o domingo. “Esperamos discutir durante o Congresso as contrapropostas apresentadas pelo sindicato dos donos de escolas, mas até o momento eles não enviaram nenhum documento”, comentou Avenzoar.

O presidente do Sinep-PB, Odésio Medeiros, negou que este tivesse sido o acordo firmado entre as entidades representativas.

“Essa será ainda a segunda das três paralisações a que tem direito o sindicato e combinamos de entregar uma contraproposta até o dia 1º de maio”, afirmou.

Segundo Odésio Medeiros, a assessoria jurídica da entidade ainda está estudando a proposta enviada pelo Sinteenp-PB.

“Logo após o feriado da Semana Santa estaremos entregando a nossa contraproposta para que em seguida possamos sentar e chegarmos a um denominador comum sem a necessidade de paralisações de atividades”, garantiu.