Consultório de Rua atua há um ano em CG

Equipe multidisciplinar da Secretaria de Saúde de CG tem levado atendimento à mais de 1.400 pessoas, que vivem em condições de risco.

Ao longo do primeiro ano do ‘Consultório de Rua’, completado ontem, o projeto da Secretaria de Saúde de Campina Grande, que tem prestado serviços à população que vive em condições de risco na cidade, mais de 1.400 pessoas já foram atendidas pela equipe multidisciplinar que oferece assistência psicológica, de enfermagem, social e, em alguns casos, encaminharam para o tratamento de dependência química. Nesse período, a principal preocupação é que a maioria das pessoas que receberam algum tipo de atendimento é usuária de drogas.

Apesar do levantamento feito no final de 2011 da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), que apontou cerca de 50 pessoas morando nas ruas, a supervisora do Consultório de Rua, Alda Cristina, explicou que além desses que não têm um local para morar, o consultório também atende algumas pessoas que têm residência, mas que passam o dia na rua. “Nós sabemos que há mais pessoas que passam o dia na rua, mas que têm casa. Por isso, nós atendemos das 18h às 20h30 que é o horário em que ainda encontramos a maior parte desses grupos em locais estratégicos”, disse a coordenadora que listou alguns território que merecem mais atenção por parte do projeto.

“Nós estamos basicamente atendendo as pessoas nas noites de quarta e quinta-feira na Praça da Bandeira, que é o local onde as pessoas do José Pinheiro, Parque da Criança e Santo Antonio, locais onde já atendemos, se concentram. Nossa missão não é tirar as pessoas da rua, é oferecer uma melhor assistência em vários serviços. Por isso temos uma equipe multidisciplinar com psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, enfermeiros que se encarregam dessa parte”, acrescentou.

Pelo perfil traçado das pessoas que já foram atendidas a partir da execução no primeiro ano do projeto, Alda afirmou que a maioria delas é usuária de drogas, e por isso um dos auxílios prestados, o encaminhamento ao Caps ad (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas) vem sendo feito de forma gradativa. “Até o momento nós já encaminhamos 75 usuários de drogas ao Caps. Mas, também temos desenvolvido atendimentos pedagógicos e de redução de danos que têm orientado como essas pessoas que vivem nas ruas podem prevenir doenças sexualmente transmissíveis, uso correto de seringa, e o poder de destruição das drogas”, destacou Cristina.