Paraibano leva até 1h para chegar ao trabalho

Congestionamentos, alteram cada vez mais a rotina dos moradores da capital, que perdem de uma a duas horas do dia, presos no trânsito.

A volta para casa após um dia exaustivo de trabalho tem demandado tempo e paciência da população paraibana. Segundo dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade (77,21%) da população ocupada no Estado leva entre seis minutos e uma hora para se deslocar ao trabalho. Um total de  621.403 paraibanos (59,72%) afirmam levar seis minutos até meia hora no deslocamento para o trabalho. Para 17,5%, percorrer o trajeto leva entre 30 minutos e uma hora no trânsito e para 4,27%, o caminho de casa para o trabalho é ainda mais penoso, desperdiçando entre uma e duas horas do dia para ir ou voltar do trabalho.

Um dos que perdem um bom tempo nos constantes engarrafamentos de João Pessoa é o servidor público Iordam Moreno da Silva. Do Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia (IFPB), onde trabalha, para o bairro dos Bancários, onde mora, ele conta que leva pelo menos 1h e 20 minutos para percorrer o trajeto. “Ao todo são pouco mais de nove quilômetros, que eu poderia fazer em 15 minutos, mas com o engarrafamento na avenida Dom Pedro II e na principal dos Bancários (ruas João Rodrigues Alves e Bancário Sérgio Guerra), demoro no mínimo 1h e 20 minutos para chegar em casa”, comenta.

Quem também reclama da demora para chegar aos lugares é Edvânia Santos. Com hora marcada na última segunda-feira para resolver pendências no Centro, ela disse que se atrasou e perdeu o compromisso. “Moro no Grotão e para vir ao Centro levei mais de uma hora. Os ônibus são lentos porque tem carro de mais na cidade. Hoje foi um dia daqueles e já imagino a volta”, disse.

Já o comerciante Jéferson Felipe de Oliveira disse não ter muito problema com relação aos engarrafamentos porque transita de motocicleta. Morador do Alto do Mateus, ele conta que leva apenas 10 minutos para chegar ao trabalho, em uma loja de calçados no Parque Sólon de Lucena, Centro da capital. “Pego o Acesso Oeste e encontro engarrafamento apenas próximo à rodoviária, mas é tranquilo porque com a moto posso costurar o trânsito. Perco mais tempo tentando estacionar”, afirma.