Greves causam prejuízo

Trens da Grande João Pessoa atendem a dez mil passageiros diariamente, mas menos de três mil estão podendo utilizar o serviço.

As greves estão prejudicando a população da Grande João Pessoa. Os servidores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos da Paraíba (CBTU-PB) e os professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da rede municipal de ensino de Santa Rita estão com as atividades paralisadas pedindo reajuste salarial.

Os servidores da CBTU estão de braços cruzados desde o último dia 15. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Ferroviárias do Estado da Paraíba (Sintefet-PB), José Cleófas Batista, a categoria está respeitando os 30% de frota mínima e manteve oito viagens das 28 diárias.
O secretário geral do Sintefet-PB, José Antônio, explicou que 100 servidores estão parados e que os terceirizados continuam trabalhando. Ainda de acordo com o sindicato, os trens da Grande João Pessoa atendem a dez mil passageiros diariamente, mas menos de três mil estão podendo utilizar o serviço.

Para quem precisa viajar dentro da Grande João Pessoa para trabalhar ou estudar, a alternativa é utilizar os ônibus urbanos. Segundo o diretor da Associação Metropolitana de Transportes Urbanos (AMTU), José Augusto Morosini, a população tem 14 linhas disponíveis que circulam a região. Porém, essa opção pesa no bolso dos passageiros, uma vez que, enquanto a passagem de trem custa R$ 0,50, as tarifas dos ônibus variam de R$ 1,86 a R$ 2,60.

Em João Pessoa, os servidores da CBTU-PB pedem reajuste de 5,5%, que corresponde à reposição da inflação, mais aumento real de 10%, o que eleva os salários para R$ 1.028. Eles ainda querem aumento no valor do ticket alimentação de R$ 549 para R$ 689. A assessoria de comunicação da CBTU-PB informou que uma comissão dos funcionários da Paraíba se reuniu na última sexta-feira com os representantes do comando nacional da greve, no Rio de Janeiro, mas ainda não houve negociação e não há previsão para o término da greve. A proposta da CBTU nacional é não oferecer reajuste neste ano. Ainda assim, a assessoria da empresa confirma que 30% dos trens estão funcionando na capital, o que corresponde a oito viagens diárias, sendo quatro pela manhã e o restante à tarde.