Motorista clandestino admite pagar propina à policia em CG

Motorista clandestino admite subornar policiais quando é pego em blitz de campina grande.

m reportagem da TV Paraíba, vários motoristas de transporte clandestino foram flagrados circulando livremente na zona urbana de Campina Grande, prática proibida por lei municipal. Além disso, a reportagem também mostra outros desrespeitos às regras do trânsito, como motoristas falando ao celular e conduzindo sem sinto de segurança. Em pontos de ônibus e praças públicas da cidade também foi flagrada a presença de ‘agenciadores’, pessoas que anunciavam o percurso dos carros e arregimentavam passageiros.

Câmeras escondidas foram usadas, e sem saber que estava sendo filmado, um dos motoristas afirmou que transita com passageiros sem se preocupar com blitz. Segundo ele, para ser liberado basta pagar propina aos policiais militares que fazem fiscalizações. "Dá para circular dentro da cidade. É só dar um dinheirinho e tal", declarou.

Em setembro de 2011, 3ª Vara da Fazenda Pública do município divulgou um acórdão cobrando da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos de Campina Grande (STTP) mais rigor nas fiscalizações. Conforme a lei, o transporte de passageiros em carros particulares mediante pagamento de taxa não pode ser feito dentro do município. Já o transporte intermunicipal é permitido, desde que não aconteça dentro da cidade.

O acórdão ainda notifica que os motoristas que infringirem a determinação podem ser punidos com multa no valor de R$ 667 e a apreensão do carro. A fiscalização da atuação de transportes clandestinos é de competência da STTP, enquanto a Companhia de Polícia de Trânsito (CPTran) pode fazer blitz para avaliar possíveis irregularidades na documentação dos veículos e condutores, além da estrutura dos carros.

Em resposta aos flagrantes feitos pela TV, o superintendente da STTP, Salomão Augusto, garantiu que o órgão intensificou a fiscalização desde o ano passado, conforme a determinação da Justiça.

Já o comandante da CPTran em Campina Grande, major Eduardo Jorge, negou que os policiais responsáveis pelas blitze recebam dinheiro para facilitar a liberação de motoristas clandestinos porque, segundo ele, a responsabilidade de verificar a atuação deles não é do órgão e sim da STTP.