Pela manhã, por volta das 10h, uma árvore de grande porte caiu e danificou cinco carros, no Parque Solón de Lucena. Os ocupantes dos veículos estavam parados no cruzamento, à espera do sinal verde, quando foram surpreendidos com o acidente. Ninguém ficou ferido, mas o prejuízo material foi alto. O mecânico João Crispim Lopes é proprietário de um dos carros atingidos e disse que estava no veículo, junto com o filho, na hora do acidente.
“Graças a Deus que eu e meu filho não sofremos nada. Mas a árvore destruiu o carro totalmente e estou preocupado porque meu seguro não cobre essa despesa. Vou tentar acionar a Justiça para saber quem vai se responsabilizar por isso”, desabafou ele, com o tom desolado.
OUTRA ÁRVORE
Outra árvore da espécie “gameleira” de médio porte caiu, na noite de ontem, no bairro do Róger, mas ela desabou sobre a via e não causou danos materiais. Equipes da Secretaria de Desenvolvimento Urbano de João Pessoa (Sedurb) foram acionadas para retirar os galhos espalhados no asfalto.
Com isso, subiu para oito o número de casos de árvores que vieram abaixo em decorrência da força das chuvas, segundo o chefe da Divisão de Botânica da Secretaria de Meio Ambiente de João Pessoa, Anderson Fontes.
Ele explicou que existem cerca de 200 mil árvores espalhadas pelos diversos pontos da cidade. E, para evitar que elas desabem com as chuvas, a Prefeitura realiza um trabalho permanente de podagem e de tratamento para manter as espécies sadias.
No entanto, em algumas circunstâncias, a queda é quase inevitável. “A gameleira que caiu estava, aparentemente, sadia. Já tínhamos feito neste ano um tratamento de descupinização com ela. Mas, ela possuía uma raiz superficial e que estava com fungo.
Com as chuvas e o peso da copa, acabou tombando. Agora, iremos intensificar nossos trabalhos para evitar novas quedas, já que a previsão é de mais chuvas na cidade”, afirmou.
Mesmo que a queda da árvore tenha sido causada pela força da chuva, a Prefeitura de João Pessoa poderá ser responsabilizada judicialmente pelos danos causados aos proprietários dos cinco veículos. O advogado Sheynner Asfora explica que essas situações são classificadas como “casos fortuitos ou obras da natureza”, que dificilmente possuem responsáveis.
No entanto, se for comprovado que os serviços de manutenção nas árvores não estavam sendo realizados corretamente, o governo pode ser considerado negligente e terá que arcar com as despesas causadas aos motoristas. (Colaborou Camila Alves)
