Greve de ACS prejudica campanha de vacinação

Campanhas de vacinação realizadas pelo prefeitura ficaram prejudicadas; Agentes reivindicam atualização de salário atrasado.

Mais de 700 agentes comunitários de saúde de Campina Grande estão em greve desde o final de março deste ano e as paralisações acabaram prejudicando duas campanhas de vacinação, realizadas pela Prefeitura Municipal. Os funcionários reivindicam a atualização do salário mínimo e o pagamento do mês de junho, que segundo o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), ainda não foi depositado. Representantes do sindicato informaram que registrarão o atraso do vencimento no Ministério do Trabalho.

Segundo o diretor do setor de Saúde do Sintab, Giovanni Freire, as campanhas de imunização contra a influenza e poliomielite acabaram sendo prejudicadas pela greve. “Nós ficamos preocupados porque a população está sendo prejudicada, mas a Secretaria de Saúde não quer acordo e estamos com os nossos salários atrasados agora. Soubemos que as campanhas não conseguiram atingir a meta do Ministério da Saúde, até porque somos nós que conhecemos a comunidade e sabemos quem precisa da vacinação”, lamentou.

Desde o dia 27 de março, 734 agentes estão em greve reivindicando a atualização no salário mínimo, que consta no plano de cargos e carreira. Ele informou que a base atual é de R$ 580, sendo que o salário mínimo atinge hoje um valor de R$ 622.

“Nós até já dispensamos o restante da pauta, o reajuste é o mínimo, mas eles só querem repassar novamente uma gratificação que havia sido sanada no valor de R$ 51. Nós não queremos porque ela pode ser novamente retirada dos nossos vencimentos”, explicou. A remuneração de um agente comunitário de saúde hoje é de R$ 773 mais 20% de insalubridade. Ele informou que a direção do Sindicato deverá registrar o atraso dos salários no Ministério do Trabalho.

A coordenadora do Programa Saúde da Família do município, Joelma Greicy, disse que começou a ser pago ontem o salário do mês de junho aos agentes comunitários de saúde. Ela também frisou que a ausência dos agentes não prejudica as campanhas de vacinação porque a secretaria de saúde tem uma equipe específica para fazer a imunização.