Hospital Pedro I pode ‘desafogar’ Trauma de Campina Grande

A intenção do Ministério Público, governo do estado e prefeitura de Campina Grande é usar a unidade filantrópica para receber pacientes do SUS.

A promotoria da saúde de Campina Grande resolveu intervir e tentar, pelo menos, amenizar a superlotação e a demanda excessiva de pacientes no Hospital de Trauma e no Instituto Elpídio de Almeida, o Isea. Ontem à tarde, uma audiência entre representantes do Ministério público, do Governo do Estado e da prefeitura municipal foi realizada com a direção do Hospital Pedro I. A proposta é firmar uma parceria para que a unidade filantrópica possa receber pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e realizar cirurgias.

No caso do Hospital de Trauma, por exemplo, são 260 leitos disponíveis, mas com o grande número de pacientes seria preciso construir mais 80 unidades, conforme a direção. O hospital realiza cerca de 400 cirurgias na área de ortopedia e a ideia é de que a metade delas passe a ser realizada no Pedro I. Já quanto ao Isea, o Pedro I passaria a realizar cirurgias e atendimentos nas áreas de obstetrícia e pediatria.

“O Estado cederia os profissionais e o hospital faria os procedimentos. É uma alternativa de desafogar o Trauma e o Isea. No nosso caso, encaminharíamos os casos de menor complexidade, porque hoje o fato é que temos uma demanda gigantesca”, observou o diretor técnico do Trauma, Flaubert Cruz.
Para o promotor da saúde em Campina Grande, Luciano Maracajá, “essa seria uma forma de aliviar a situação financeira do Pedro I, ao mesmo tempo em que teríamos uma diminuição na superlotação das duas outras unidades públicas. O nosso objetivo é exatamente esse, fazer com que os serviços do SUS sejam melhor realizados para a população”, explicou.

Na audiência de ontem, um dos diretores do hospital, João Clementino, informou que a administração do hospital irá fazer um estudo e avaliar as propostas. Um novo encontro será realizado no dia 31 deste mês, para discutir o assunto.