Óleos vegetais no lugar de azeite

Pesquisas desenvolvdas nos laboratórios da Embrapa em CG e Brasília, mostram variedade de óleos vegetais como opção saúdável à mesa.

Um dos alimentos cada vez mais presentes na mesa dos paraibanos, o azeite de oliva, pode ganhar uma composição diferente com óleos vegetais produzidos por amendoim, gergelim, maracujá e soja. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa desenvolvida nos laboratórios da Embrapa Algodão (Campina Grande) e Embrapa Agroenergia (Brasília), a partir dos estudos de Katcilanya Menezes de Almeida, sob a orientação dos pesquisadores Everaldo Medeiros e Josivanda Palmeira Gomes.

Segundo Everaldo, cada um dos óleos produzidos com os alimentos foram buscados a partir de características específicas, como alto teor de ácidos graxos insaturados e antioxidantes, com foco no desenvolvimento de um alimento funcional em sua composição química e físico-química. “Inicialmente, nós pretendíamos estudar apenas o óleo de maracujá para aproveitar o descarte dos resíduos da indústria de produtos de maracujá, mas ao longo da pesquisa, nós agregamos os demais óleos para dar maior estabilidade ao produto”, explica.

Conforme o estudo, o óleo de gergelim apresentou qualidade semelhante ou superior ao azeite de oliva, já que além dos ácidos graxos insaturados, ele apresenta componentes como sesamol, sesamina e sesamolina, que dão maior estabilidade à oxidação, aumentando o tempo de prateleira do produto. Já o amendoim agrega, além dos ácidos graxos e do resveratrol (antioxidante natural), características importantes como aparência, sabor e aroma.

“Os óleos de amendoim e gergelim são alternativas por serem culturas produzidas na nossa região e constituem uma fonte de ácidos graxos e antioxidantes pouco explorados na nossa alimentação. O óleo de maracujá, como coproduto descartado pela indústria de suco, e ainda o óleo de soja, cuja matéria-prima abundante torna o produto acessível aos consumidores de todas as classes sociais”, justifica Katcilanya Menezes de Almeida.