Aids faz 10 vítimas com idades de 15 a 29 anos

Número de óbitos entre portadores do HIV, com faixa etária dos 15 aos 29 anos aumenta, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.

A faixa etária entre 15 e 29 anos já é a terceira em número de óbitos, este ano, de portadores do vírus HIV. De acordo com levantamento do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SinanNt) da Secretaria Estadual de Saúde (SES), foram dez em 57 casos registrados até o último mês de julho, ficando atrás apenas dos portadores entre 30 e 39 anos, com onze mortes em 121 casos, e daqueles que têm entre 40 e 49 anos, com 18 mortes em 126 registros.

Quando o assunto é o número de casos registrados também esse ano, a Gerência Operacional das DST/Aids da Secretaria de Saúde da Paraíba também se mostra preocupada. Enquanto que em 2011 foram registrados um total de 373 casos no Estado, 90 deles de pessoas que estão entre 15 e 29 anos, até a metade desse ano já foram confirmados 35 casos dentro dessa faixa etária, sendo 168 no total.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Censo 2010, na Paraíba existem 1.026.335 homens e mulheres na faixa etária entre 15 e 29 anos. Entre janeiro de 2011 e julho de 2012, foram registrados 541 novos casos de pessoas portadoras de HIV entre pessoas que se encaixam nesse grupo, o que, segundo avaliação do Ministério da Saúde, não coloca a Paraíba entre os Estados do Nordeste com maior índice de portadores entre os jovens, que é de menos de 1% da população.

Em Campina Grande, atualmente, estão sendo acompanhados 572 soropositivos, sendo que 509 moram na Rainha da Borborema, e 63 em outras cidades. Segundo apontou Olenice de Araújo, coordenadora do setor de DST/Aids do município, menos de 20% desse total de pacientes têm entre 15 e 29 anos, mas, mesmo assim, ela alerta que, apesar das políticas educativas, ainda é muito presente a postura de achar que a doença nunca está próximo do convívio com o jovem. “Nós não temos um número de jovens portadores muito grande por conta que na maioria das vezes o diagnóstico é tardio. Apesar de entendermos que a realidade do Estado em relação aos óbitos não é a mesma de Campina Grande, aqui não chega nem a 20% os que estão entre 15 e 34 anos, que é a faixa etária que acompanhamos, mas sempre quando realizamos ações educativas, a sensação é que eles acham que a doença nunca fará parte da vida deles, por isso muitos resistem a usar preservativo”, disse a coordenadora.