O médico Marcelo Vincente destacou ainda os benefícios que essa modalidade de exame pode oferecer. “É um procedimento ambulatorial, sem necessidade de sedação ou internação hospitalar. O paciente pode ter um dia quase normal de trabalho ou lazer, desde que não faça atividades que possibilitem a desconexão dos eletrodos ou se exponha a campos eletromagnéticos potentes, como ressonância magnética”, disse.
Vale lembrar que a análise por cápsula endoscópica não substitui os exames intestinais convencionais. “A cápsula não consegue obter biópsias ou tratar algumas lesões, e, apesar de percorrer todo o trato digestivo, obtendo imagens de esôfago, estômago e cólon, esse não é o principal objetivo do exame, por isso a cápsula não substitui os exames de endoscopia digestiva e colonoscopia”, contou Marcelo Vincente. O exame é contra-indicado para pacientes que possuam estreitamentos (estenoses) ao longo do intestino.
A cápsula endoscópica foi desenvolvida no final da década de 90, em um trabalho conjunto de cientistas e gastroenterologistas israelenses, com o objetivo de criar um dispositivo, baseado em tecnologia para mísseis, que percorresse o trato digestivo, captando imagens e transmitindo-as para análise médica. Desde então, a evolução tecnológica informática e estudos de outros países aperfeiçoaram o procedimento, existindo também, na atualidade do mercado, aparelhos japoneses, sul-coreanos e chineses, cada um com suas pequenas diferenças técnicas. (Especial para o JP)
