Alerta começou dois dias antes

Paraibanos que vivem na região atingida pela supertempestade ‘Sandy’ relatam os estragos causados pelos ventos.

Alguns paraibanos, da cidade de Campina Grande que moram nos EUA contaram como enfrentaram a tempestade.

A dona de casa Karolinne Aguiar, mora há 11 anos em Cape Cod Massachusetts, localizada a 110 km de Boston. Ela informou que lá, a tempestade não foi tão violenta como em outras regiões, muitas com 85% da sua população atingida. “Não fomos muito atingidos pelo furacão ‘Sandy’, graças a Deus, mas aqui houve ventos muito fortes, que chegaram até 120 km por hora”, disse.

Segundo ela, 2 dias antes da tempestade começaram os alertas em todos os meios de comunicação.

“Dessa vez foi mais difícil de acreditar, pois das outras vezes nos preparamos e nada aconteceu, a população não acreditava que o furacão viria com tanta força”, continuou. Segundo a dona de casa, no domingo, dia 21, antes da chegada da tempestade, todos ficaram tensos e se preparando para o pior. Ela explicou que houve correria nos supermercados e no mesmo dia, já não se encontrava mais pilhas, pão ou água em lugar algum.

“Dessa vez tudo parou, ficamos em casa sem poder sair com ventos fortes. Ficamos todos juntos no mesmo quarto até tudo passar. Ontem à noite (segunda-feira) depois de tudo, tivemos muita chuva, mas, graças a Deus, nada alagou, bem diferente de Nova York e New Jersey, onde 85% da população foi atingida”, informou. Tanto os familiares de Karolinne, como de outros paraibanos moradores dos EUA contaram que se sentiram um pouco tensos com o ocorrido, mas que agora tudo está voltando à normalidade.

O advogado Bruno Mota contou que há 5 anos sua irmã, a estudante Ana Paula Mota, mora em Boston e, segundo ele, também passou por momentos de aflição.

“Ela falou que o vento ainda está muito forte, que teve corte no fornecimento de energia e que havia ficado ontem à noite (segunda-feira) no porão de casa. Ela ficou aflita porque o governo indicava que a tempestade iria passar por Boston, mas passou com menos força do que o esperado”, disse Bruno Mota, já mais tranquilo.