Homem atira em mulher e se mata

Após atirar na ex-mulher, que está em estado grave, jardineiro se matou com tiro na cabeça; crime aconteceu no bairro das Malvinas.

Um crime passional chocou os moradores da Rua Artur Correia de Brito, no bairro das Malvinas, em Campina Grande, ontem à tarde.

O jardineiro José Paulo de Brito, de 52 anos, feriu a ex-mulher com seis tiros e depois atentou contra a própria vida, atirando no tórax e cabeça, sofrendo morte imediata, segundo a Polícia Militar. A vítima, a auxiliar de serviços gerais Josenilda Pereira de Brito, de 46 anos, foi encaminhada para o Hospital de Trauma da cidade em estado grave. Ela continua internada em uma ala especial.

Segundo informações do sobrinho do jardineiro, o estudante Bruno Diego de Brito, de 18 anos, o casal brigava frequentemente e por causa das constantes discussões acabou se separando.

Inconformado com a separação, o jardineiro teria agredido fisicamente a vítima, que preferiu levar o caso à polícia, no mês de outubro deste ano. Bruno Diego contou ainda que o tio passou a responder processo judicial pela agressão e, desde então, começaram as ameaças de morte contra a ex-mulher e si próprio.“Ele estava morando com parentes e não se conformava com a separação. Chegou a falar que ia matar ela e se matar, mas ninguém acreditava e agora aconteceu essa tragédia”, disse o estudante.

Ainda de acordo com ele, seu tio teria ido ao local do crime portando um revólver calibre 38 e uma carta de despedida. No local, efetuou os disparos contra a vítima, que foi atingida no braço, tórax, costas, região superior da cabeça e face.

Depois de balear a ex-mulher, ele teria desferido os disparos contra si. Josenilda conseguiu sobreviver, foi socorrida por vizinhos até o Trauma e submetida a cirurgia de emergência para conter a perda de sangue e depois levada para a ala vermelha onde até o início da noite de ontem continuava em observação.

Segundo informações da família, o casal tem dois filhos, um de 22 e outro 25 anos. O corpo de José Paulo foi encaminhado para necrópsia no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) da cidade e tanto a arma quanto a carta que ele escreveu foram entregues à Polícia Civil para análise.