Casas-abrigo ajudam vítimas

Casas de abrigo e Centros de referência servem de apoio para mães e filhos vítimas de violência e mudam vida de quem precisa de uma oportunidade.

As mulheres vítimas de violência física e psicológica encontram apoio no momento em que decidem denunciar os abusos sofridos. A importância dos centros de referência e casas de abrigo vão além de um suporte momentâneo, muitas vezes mudando a vida de pessoas que só precisavam de uma oportunidade.

Na Paraíba, a Casa de Abrigo Aryane Thaís, em João Pessoa, e a Casa de Abrigo da Mulher, em Campina Grande, ajudam dezenas de mães e filhos que são violentados, todos os anos. Lá, eles vislumbram uma possibilidade de escapar de um futuro ainda mais dramático.

Segundo a secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, Iraê Heusi Nóbrega, ser abrigada em uma dessas casas é a última instância durante o processo de tratamento da mulher violentada, que tem como intuito principal a segurança da vítima.

“Essas casas são locais de escapatória para onde são encaminhadas mulheres que não têm outro lugar para se abrigar.

O objetivo é manter seguros as mães e os filhos e, por isso, os endereços não podem ser divulgados em nenhuma hipótese”, informou.

Mas as casas não são apenas um teto onde elas podem se refugiar. No local, o tratamento passa por sessões de terapia com psicólogos e atendimentos diversos, que vão desde a consulta com advogados ao processo de retirada de documentos. “Elas ficam nesses locais por tempo indeterminado, vai depender de cada caso específico. As nossas parcerias também estão associadas a programas do Governo Federal, como os de habitação”, explicou Iraê.

Para a coordenadora do abrigo em Campina, Ana Cleide Rotondano, se faz necessário que toda a sociedade se mobilize contra a violência. “Os programas são lançados e utilizados, mas a sociedade precisa participar, através das denúncias ou mesmo com uma ajuda direta”, contou.

Ela explicou que o processo de abrigo começa através da denúncia da vítima nas delegacias especializadas ou nos centros de referência da mulher. “A gente avalia o problema e, se for necessário, a vítima será encaminhada ao abrigo”, disse. (Isabela Alencar)