A falta do auxílio, de acordo com a aposentada, afeta diariamente sua qualidade de vida. “É horrível, porque é uma necessidade básica de quem é ostomizado. Nós precisamos muito dessas bolsas, não temos condições de comprá-las. Um modelo simples custa mais ou menos 35 centavos, mas eu preciso de pelo menos uma por dia”, afirmou Maria José.
Para Margareth Bonifácia, presidente da Associação dos Ostomizados do Estado da Paraíba, a aposentada Maria José é só mais um personagem vítima do descaso público. “Tem paciente que está com a pele queimada por conta da urina e fezes acumuladas na bolsa. Além das bolsas, falta também cintos, luvas e outros materiais de higienização. É um absurdo que esses pacientes estejam brigando para receber um direito básico, que é garantido por lei”, destacou.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da assessoria, informou que o estoque do Cais de Jaguaribe estava vazio, por isso o repasse não estava sendo realizado, no entanto, em breve será feito o reabastecimento. Sobre a entrega das bolsas coletoras no HU, foi informado que o local realiza apenas auxílio aos pacientes e que as bolsas nunca foram entregues no local, visto que o Cais de Jaguaribe é o único ponto de distribuição em João Pessoa.
SEM CONTATO
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou contato telefônico com a Promotoria de Saúde para comentar o caso e falar sobre a atuação do Ministério Público da Paraíba acerca do assunto, no entanto nenhuma das ligações foram atendidas.
