Agentes de limpeza urbana protestam por salários

Em mais um protesto, agentes de limpeza urbana de Campina Grande reivindicam pagamento do salário de dezembro e do 13º.

Trabalhadores efetivos e temporários dos serviços de limpeza de Campina Grande realizaram mais um protesto ontem pela manhã reivindicando da Prefeitura Municipal o pagamento do salário de dezembro e o 13º. A manifestação ocorreu na calçada da Secretaria da Administração na Avenida Floriano Peixoto, no Centro, e por volta das 10h, os manifestantes interromperam o trânsito da avenida provocando um engarrafamento até o Terminal de Integração, no Açude Novo. Eles usaram vasos e lixeiras para interditar a avenida que ficou repleta de lixo.

Os temporários reivindicam os salários atrasados, já os efetivos reclamam não ter recebido o 13º salário e os créditos dos vales transporte desde outubro. Durante a manifestação um carro de som do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), tocava a música ‘Pague meu dinheiro’, de Nando Cordel.

De acordo com o diretor do Sintab, Napoleão Maracajá, já foi solicitado à Justiça o bloqueio das contas da administração municipal, como aconteceu com as prefeituras de Pocinhos e Puxinanã e outras medidas serão tomadas. “Se não houver o pagamento vamos intensificar os protestos em dias estratégicos e também pretendemos processar alguns secretários”, afirmou o diretor do Sintab.

A gari Jandirlene Ricarte, de 29 anos, da Serviços Urbanos da prefeitura, disse o que está fazendo para suprir o atraso do 13º salário. “Nós estamos atrasando as contas, pegando dinheiro emprestado com parentes para poder ajudar nas despesas de fim de ano, pois até os vales transporte estão atrasados desde outubro”, afirmou. Aluska da Costa, de 29 anos tem uma filha e citou outras dificuldades. “Os funcionários tem convênio de serviço odontológicos descontado do salário, mas o repasse não foi feito para a empresa e a minha filha não pôde ser atendida neste mês”, disse Aluska da Costa.

De acordo com diretor administrativo do Sintab, José Martins, os cerca de 600 garis efetivos recebem incluindo as gratificações, um salário em torno de R$ 915,00, podendo aumentar de acordo com o acréscimo de horas extras. Cerca de 350 garis são prestadores de serviço e recebem como vencimento R$ 541,00.